Mais velhos ocupam as redes sociais
Apesar de a internet ser geralmente relacionada a um público mais jovem, o Brasil vem atravessando uma mudança significativa nos perfis das redes sociais. Há muito tempo já se sabe, por exemplo, que o Facebook está se tornando uma "rede de velhos" e perdendo jovens.
Por exemplo, para cada usuário adicional entre 12 e 19 anos que acessou o Facebook entre 2015 a 2021, foram mais de sete entre 65 e 75 anos. Os números fazem parte do estudo Beyond Age, relatório global produzido pela divisão de mídia da Kantar.
Dados do Target Group Index mostram que as gerações mais velhas se tornaram mais frequentes em mídias digitais. O Facebook passou por um aumento significativo na proporção de adultos com mais de 65 anos, de 2% em 2015 para 7% em 2022, quando a rede saiu de 47 milhões de usuários para 53,4 milhões.
No mesmo período, o grupo de 12 a 19 anos caiu pela metade, de 22% para 11%, enquanto os usuários de 20 a 24 anos foram de 14% para 11%. "Isso mostra uma nova percepção do público online, sendo que os mais velhos agora são parte do mainstream de consumo e não mais uma minoria", diz a Kantar.
Outras plataformas mostram a mesma tendência. Os dados relativos ao período entre 2015 e 2022 revelam que o maior crescimento se deu exatamente entre os que tem mais de 65 anos. Neste intervalo, o crescimento foi de 255% no Facebook, 886% no YouTube, 707% no WhatsApp e 4937% no Instagram.
A idade também pode ser um bom parâmetro para mensurar atitudes. Segundo o estudo Beyond Age, os brasileiros se tornam mais contrários a correr riscos ao longo do tempo, com 54% da faixa etária entre 25 e 34 anos contra 33% entre 55 e 65 anos.
Quando o assunto é relação com a renda, por sua vez, os resultados são bastante similares em todas as faixas etárias. 58% dos brasileiros de 25 a 34 anos concordam com a frase “Como eu gasto meu tempo é mais importante que o dinheiro que ganho”. Entre o público de 55 a 65 anos, a taxa é de 55%.
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