Concurso elege as melhores amêndoas

Onze amostras de cacau especial do Pará, sete da Bahia, uma do Espírito Santo e uma de Rondônia são finalistas do IV Concurso Nacional de Qualidade e Sustentabilidade do Cacau Especial do Brasil, que seleciona as melhores amêndoas produzidas no país.

Esta edição vai distribuir R$ 50 mil em prêmios para os três primeiros em cada categoria, a varietal (variedade única de cacau) e a blend (mistura de variedades). A cerimônia que revelará os vencedores será realizada no próximo dia 25 de novembro, em Belém do Pará.

Na categoria Varietal, a Bahia concorre com amêndoas da Agrícola Cantagalo, Agropecuária Sempre Firme, José Maltez Filho, Luciano Ramos Lima e Rubens Dario Froes Costa de Jesus. Na categoria Blend com produtos da Agrícola Cantagalo e de Rogério Galvão Kamei.

O aumento da participação do Pará se deve ao apoio do governo do estado nas ações voltadas para a cacauicultura, o contrário do que ocorre na Bahia, onde o governo fechou a EBDA e não tem política para o setor. O Pará se beneficia ainda da assistência técnica da Solidaridad e do Imaflora.

“Essa rede de apoio aos cacauicultores paraenses vem fazendo a diferença ano a ano, aumentando a participação e as premiações”, aponta Cristiano Villela, diretor científico do Centro de Inovação do Cacau (CIC), entidade organizadora do evento, juntamente com a Ceplac.

Vencedora na categoria varietal do ano passado, a produtora baiana Cláudia Sá, da Agrícola Cantagalo, voltou a inscrever uma amostra do seu BN 34 e destaca os resultados após a conquista. “O prêmio trouxe clientes além das moageiras. Médios e pequenos produtores de chocolates bean to bar passaram a olhar para a Cantagalo como uma empresa capaz de produzir uma amêndoa boa o suficiente para estar nessas barras tão especiais".

Neste ano, Cláudia emplacou ainda a amostra PS1030 como finalista na categoria varietal e outra na categoria blend. Ao todo foram 94 amostras em ambas categorias. Dessas, 20 seguiram para a etapa final da disputa pelo título de melhor cacau do país.

Além de uma minuciosa avaliação dos aspectos físico-químicos das amêndoas, os finalistas passam também por análises sensoriais, como a prova do cacau em forma de líquor e ainda uma avaliação às cegas do sabor do cacau na forma de chocolate 70%. Os chocolates são codificados e enviados para um júri técnico.

A etapa final do concurso funciona como classificatória para o Cocoa of Excellence (CoEx), premiação internacional realizada anualmente em Paris, França. Para isso, as amostras devem estar entre as oito com as maiores notas na avaliação sensorial.

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