TSE dá a Alexandre poderes ditatoriais

A onda de censura, as regras mudadas durante o jogo, o desprezo pela Constiuição brasileiroa, que proibe qualquer tipo de censura e garante a liberdade de opinião e do jornalismo começam a chamar a atenção da imprensa do exterior, que teme uma "nova Venezuela" na América Latina.

Um dos assuntos é a escalada autoritária do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e do ministro Alexandre de Moraes, que é ignorada na mídia brasileira, militante de esquerda, mas não passa despercebida pela estrangeira. É o caso do jornal New York Times, que publicou uma matéria assinada pelo correspondente Jack Nickas.

Nela, ele conta que a partir de agora o presidente do TSE é o único homem habilitado a decidir aquilo que pode ser dito nas redes sociais. “É uma das ações mais agressivas tomadas por qualquer país para combater informações falsas”, diz Nickas, citando as fake news que pipocaram nas eleições.

Na quinta-feira 20, o TSE ampliou seu poder de polícia e atribuiu a si próprio a permissão de retirar “fake news” da internet, sem a necessidade de outros ofícios. Antes, os partidos tinham de apresentar uma ação ao TSE e pedir a retirada do conteúdo. Agora, o TSE manda tirar qualquer coisa que incomode seus interesses.

As redes sociais devem cumprir as ordens de retirada em até duas horas ou pagar uma multa de R$ 150 mil por hora de "desobediência", podendo chegar à suspensão da rede no país, algo que só foi feito até hoje em países com ditaduras de esquerda, como a Venezuela e Cuba.

Segundo o New York Times, a medida indica “uma expansão potencialmente perigosa e autoritária do poder, que poderia ser abusada para censurar pontos de vista legítimos e balançar a disputa presidencial”. A balança já está desequilibrada, com o PT conseguindo oito vezes mais decisões a seu favor que o presidente Bolsonaro. Com dados da Revista Oeste

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