TSE censura caso Celso Daniel na Pan

A ministra Maria Cláudia Bucchianeri, do Tribunal Superior Eleitoral, censurou a Jovem Pan por uma entrevista com a senadora Mara Gabrilli, candidata a vice-presidente na chapa de Simone Tebet. Ela afirmou que Lula tem participação no assassinato do ex-prefeito de Santo André (SP) Celso Daniel.

Mara é filha de um empresário de ônibus da cidade que foi extorquido pela quadrilha do PT naquela época. Ela disse que, se o ex-tesoureiro do PT Ronan Maria Pinto não fosse pago, entregaria Lula como mentor do caso Celso Daniel. “Lula pagou R$ 12 milhões da chantagem para o Ronan Maria Pinto ficar quieto”, disse.

“O Ministério Público de São Paulo acabou por encobrir o caso na época,” garante a senadora. A Jovem Pan foi obrigada a tirar da internet os vídeos da entrevista e os que ligam Lula ao caso. A ordem inclui conteúdo igual de outros perfis no Twitter, TikTok e Facebook, a pedido de Lula.

Segundo a ministra Maria Cláudia, a entrevista trata de um “tema que não é novo”. “Isso porque o referido conteúdo já foi tido por este TSE como desinformativo, além de violador da imagem do candidato. Ela alega que o assassinato é um caso encerrado, "com os responsáveis devidamente processados e julgados".

Porém, a delação de Marcos Valério associa Lula à morte de Celso Daniel. Ex-homem de confiança de Lula, ele disse à Polícia Federal que o PT e a maior facção criminosa das Américas, o Primeiro Comando da Capital (PCC), mantinham relações estreitas.

Valério revelou que Ronan Maria Pinto, empresário de transportes e ex-tesoureiro do PT, chantageava o então presidente Lula para não revelar o segredo que comprometeria o partido: a existência de um esquema de arrecadação ilegal de recursos para financiar os petistas.

Valério disse que soube da chantagem contra Lula depois de conversar com Sílvio Pereira, então secretário-geral do PT. Ele lhe disse que Ronan ia revelar que o PT recebia clandestinamente dinheiro de empresas de ônibus, de transporte pirata e de bingos. Nesse último caso, os repasses eram lavagem de dinheiro do PCC.

No depoimento, Valério conta que Celso Daniel fez um dossiê em que detalhava quem, entre os petistas, estava sendo financiado pelo crime organizado. Logo em seguida ele foi assassinado num caso que até hoje levanta suspeitas. Nada menso que 11 testemunhas do processo morreram ao longo do julgamento. Com dados da Revista Oeste.

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