Natal deve ter 109 mil temporários

A Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) prevê a contratação de 109.400 trabalhadores temporários para dar conta do aumento previsto para as vendas do varejo no Natal, estimado em 2,1%. Essa deve ser a maior oferta de trabalho temporário em 9 anos.

A estimativa da CNC é de que a taxa de efetivação seja de 11%, o que representa 3 pontos percentuais a menos do que em 2021. Regionalmente, São Paulo (30.300), Minas Gerais (12.200), Paraná (8.900) e Rio de Janeiro (8 mil) concentrarão 54% da oferta de vagas para o Natal deste ano.

“A conversão de vagas temporárias em efetivas em 2022 não deve ser tão expressiva quanto depois do Natal de 2021, quando chegou a 15%, porque, no ano passado, o varejo ainda estava repondo os postos que haviam sido fechados nas duas primeiras ondas de covid-19”, disse o presidente da CNC, José Roberto Tadros.

Segundo a CNC, 97 mil trabalhadores temporários foram contratados em 2021, 46% a mais do que o registrado em 2020, o primeiro ano da pandemia. Dois meses antes dos Natais de 2020 e 2021, a circulação de consumidores no varejo ainda estava 22,1% e 4,8% abaixo do nível pré-pandemia.

Atualmente, o fluxo de consumidores nas lojas já é 3,1% acima do período anterior ao início da crise sanitária. Os maiores volumes de contrato devem se concentrar no ramo de hiper e supermercados, no qual a previsão é de abertura de 45.500 vagas temporárias, e no setor de vestuário, com 25,8 mil.

“Se, por um lado, os hiper e supermercados, que são os segmentos que mais empregam no varejo, tem destaque no número absoluto de vagas, as lojas de roupas, acessórios e calçados são, historicamente, as mais beneficiadas pelas vendas natalinas”, disse o economista da CNC responsável pela pesquisa, Fabio Bentes.

A previsão da CNC é que haja aumento de 2,1% nas vendas de fim de ano no varejo como um todo. O ramo de hiper e supermercados tende a registrar alta de 4,8% nas vendas, já descontada a inflação, mas as vendas nas lojas de utilidades domésticas e eletroeletrônicos devem cair 3,4% em relação ao ano passado.

“Essa perspectiva decorre do somatório entre a desaceleração da inflação e o encarecimento do crédito, já que a taxa de juros de operações envolvendo pessoas físicas atingiu o maior patamar desde abril de 2018, o que favorece as compras em segmentos que dependem menos de financiamentos”, explicou Fabio Bentes.

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