Morte violenta de crianças já caiu 53%

Dados do Ministério da Saúde mostram que o Brasil reduziu em 53% as mortes de crianças e adolescentes por agressão, em comparação com a média entre 2012 e 2018. Seguno a ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Cristiane Britto (foto), o fortalecimento na ponta da rede de proteção foi um dos motivos da redução.

“Conselheiros tutelares que andavam de bicicleta para socorrer uma vítima agora têm carro com ar condicionado à sua disposição, computador, uma estrutura mínima para que possa trabalhar”, disse a ministra, em entrevista ao programa A Voz do Brasil desta quinta-feira.

Segundo ela, o governo equipou mais de 2 mil conselhos pelo Brasil e pretende alcançar todos os municípios brasileiros. A ministra também falou do Pacto Nacional de Prevenção e Enfrentamento da Violência contra Crianças e Adolescentes.

“Por meio desse pacto, o estado se compromete a desenvolver várias ações de proteção às crianças. É uma escala, o município vai ganhando uma certa pontuação e, ao final, a gente dá um selo de amigo da criança”, explicou. O primeiro estado a aderir foi o Amazonas, onde será construído um Centro Integrado de Proteção à Criança.

“No mesmo espaço a criança vai receber assistência de saúde, social, defensoria pública, delegacia especializada, e lá a gente vai ter a escuta protegida e especializada, evitando assim a revitimização, que a criança fique várias vezes repetindo aquela situação que pode gerar trauma para a vida toda”, detalhou a ministra.

Ela ressaltou a campanha do ministério para alertar os pais sobre o uso nocivo da internet pelas crianças. “No mundo todo, esse tipo de crime em relação às crianças, o crime sexual online, tem crescido, e nos assusta saber que muitos pais nunca tiveram acesso à senha da internet do próprio filho”.

Segundo Cristiane, 49% das crianças usaram um dispositivo eletrônico pela primeira vez antes dos seis anos. “Os pais precisam saber o que seus filhos estão acessando na internet”, defende. A ministra destaca que denúncias de abusos contra crianças e adolescentes podem ser feitas pelo Disque 100, 24 horas por dia. Abr

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