Eliana: "não posso votar em condenado"
"Não posso votar em alguém condenado nas três instâncias". A frase, forte e firme, foi da jurista Eliana Calmon, falando sobre o ex-presidiário Lula (PT) em entrevista à rádio Metrópole. Primeira mulher no Superior Tribunal de Justiça, Calmon é clara sobre que tratamento dar a criminosos.
Conhecida por suas opiniões firmes, ela lembrou que "a nação brasileira viu o que aconteceu no governo do PT e a condução deste governo pelo candidato. Naturalmente não posso votar em alguém que foi condenado em três instâncias", reforçou a ministra do STF de 1999 a 2013.
Eliana contou que acompanhou de perto o julgamento de Lula. "A condenação do ex-presidente Lula foi referendada por três instâncias do Judiciário. Eu sou politizada e tenho uma posição, como magistrada que fui, como uma cidadã que se colocou em combate a corrupção, ao lado da Lava-Jato".
"Fiz diversas palestras, escrevi diversos artigos e até hoje escrevo em combate a corrupção", aproveitando para comentar uma declaração do desembargador Raimundo Cafezeiro, de que a "massa humana" está entre os problemas do poder judiciário, em especial por conta dos cargos vitalícios.
“Ele tem razão quando acusa a massa humana, o trabalho dos servidores. Isso porque o Tribunal de Justiça da Bahia tem problemas muito sérios. E problemas de muitos anos. Tem uma classe de servidores que não são concursados, deveriam ser retirados porque foram admitidos depois da Constituição".
Para ela, a situação foi gerada depois que extinguiram uma autarquia que administrava o TJ da Bahia, em 2004, por decisão do Conselho Nacional de Justiça. "O problema é que os desembargadores que foram chamados para tentar resolver a bagunça queriam colocar apadrinhados no judiciário baiano".
“Alguns dirigentes, ao invés de organizar a desordem, queriam aumentar. Cada desembargador queria colocar os seus apadrinhados. E são esses apadrinhados que terminam ficando em definitivo. Como Cafezeiro falou, são os ‘vitalícios’. Aqueles que ficam ali até morrer, porque até as aposentadorias são altas”, concluiu.
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