"Ativismo do TSE é lamentável", diz Roma

O deputado federal João Roma considera lastimável o ativismo e a escolha de lado demonstrada pelo Tribunal Superior Eleitoral na condução do processo eleitoral no Brasil. “É lastimável observar coisas tão bizarras, tão fora da curva, quando deveríamos buscar aprimorar, avançar nessas questões eleitorais”, diz.

“O que está ocorrendo hoje no Brasil, com Alexandre de Moraes à frente do TSE, é justamente dois pesos e duas medidas na legislação. As decisões são claramente inclinadas para um dos candidatos. E mais: ele simplesmente não permite a fiscalização, a transparência".

"No episódio da exoneração do funcionário do TSE, vê-se com clareza a sensação de um dolo do tribunal”, diz Roma, referindo-se à representação da campanha do presidente Jair Bolsonaro, mostrando que o candidato do PT, Lula, teve 150 mil inserções em rádios a mais, principalmente no Nordeste e na Bahia.

O deputado salienta que a denúncia é facilmente conferível com informações. “É muito fácil obter uma clipagem do que foi veiculado ou não. Sem isso você deixa os candidatos com diferença de armas em um processo eleitoral gigantesco. Então você vai superando os limites do absurdo em relação a isso”.

“Você vê o papel do ministro Alexandre de Moraes, um juiz totalmente comprometido, sem condições de estar à frente num processo como esse, sem permitir sequer que se apurem os fatos e denúncias graves como essas. Chegou a demitir um funcionário do Tribunal Superior Eleitoral, o que mostra dolo do tribunal".

"E aí é o pior dos mundos, pois uma coisa é que uma rádio específica cometesse uma infração. Mas outra coisa é que a infração saia do âmago da Justiça, que está lá para garantir a regra do jogo. Hoje, infelizmente, a nossa Justiça Eleitoral não tem dado o exemplo".

"Nós precisamos ficar atentos para esse ativismo judicial, que está passando do limite, porque Alexandre de Moraes acha que está acima da nossa Constituição, quando, na verdade, quando o Senado aprova o nome para o Supremo Tribunal Federal, ele sai com o título do Congresso Nacional de guardião da Constituição”, diz Roma.

Roma acredita que o presidente Jair Bolsonaro diminuirá a diferença em relação a Lula na Bahia. “As próprias pesquisas já mostram isso: enquanto o Lula subiu um ponto, Bolsonaro subiu cinco, e a aceitação das pessoas quando estivemos em Guanambi, em Barreiras, foi muito boa, com muita gente na rua".

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