Marco Aurelio dá uma aula a Alexandre
Em entrevista à Revista Oeste, o ex-ministro do STF Marco Aurélio Mello criticou a operação da Polícia Federal contra empresários apoiadores do presidente Jair Bolsonaro e afirmou que não existe o que ele chama de crime de opinião. A operação foi autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF e do TSE.
Para Marco Aurélio, os empresários não podem ser punidos por manifestar sua opinião. “Tempos estranhos. A liberdade de expressão é um princípio constitucional básico em um Estado Democrático. Não há crime de opinião. Discordar sim. Impor atos de construção não”.
A Polícia Federal cumpriu mandados de busca e apreensão em endereços de 8 empresários que fazem parte de um grupo de Whatsapp com apoiadores de Bolsonaro. A alegação de Alexandre de Moraes é que eles compartilharam "comentários de teor golpista".
O conteúdo, que deveria ficar apenas entre os membros do grupo, foi divulgado pelo jornal Metrópoles na semana passada, e debatia algum tipo de ação caso o ex-presidiário Luiz Inácio (PT) vença as eleições deste ano. A conversa aconteceu somente no aplicativo de mensagens, restrito aos membros.
Entre os alvos da operação do STF estão Luciano Hang (Havan), José Isaac Peres (Multiplan), Ivan Wrobel (Construtora W3), José Koury (Barra World Shopping), Luiz André Tissot (Grupo Serra), Meyer Joseph Nirgri (Tecnisa), Marco Aurélio Raimundo (Mormai) e Afrânio Barreira Filho (Coco Bambu).
Os mandados foram cumpridos em São Paulo, Rio, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Ceará. por 35 policiais federais. Além das buscas, Alexandre de Moraes mandou a Polícia Federal ouvir os investigados, determinou o bloqueio das contas bancárias dos envolvidos, das contas nas redes sociais e a quebra de sigilo bancário.
Questionado pela reportagem da Oeste se a decisão do ex-colega Alexandre de Moraes teria sido “deturpada”, Marco Aurélio foi enfático ao dizer que “sim, dizia Rui Barbosa que fora da lei não há salvação”.
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