Bahia tem 13 casos certos de monkeypox

A Secretaria de Saúde da Bahia confirmou mais um caso de Monkeypox nesta quinta-feira. O registro é de um indivíduo de Salvador e é o 13º no estado, sendo 10 em Salvador, dois em Santo Antônio de Jesus e um em Ilhéus. Além dos confirmados, a Bahia tem 69 casos em análise.

O médico Fernando Romero, infectologista da Santa Casa de Misericórdia de Itabuna, orienta sobre as medidas que as pessoas podem adotar para evitar a contaminação da varíola dos macacos (Monkeypox, em inglês), doença com registro em cerca de 80 países, entre os quais o Brasil.

Segundo Romero, uma vez detectada, a doença é tratada basicamente com medicação para alívio da dor e da febre. “Se a pessoa tem febre, é preciso que seja medicada com antitérmico (dipirona, paracetamol), se sentir dores, deve tomar analgésico; no caso de coceira e pruridos, antialérgico".

"Mas, antes de fazer o uso de qualquer medicamento, deve procurar o atendimento médico”, lembra. O médico orienta a pessoa com os sintomas a procurar uma unidade de saúde para ter um diagnóstico correto. Ele ressalta que, neste momento, não existe nenhuma notificação em Itabuna. Mas há o de Ilhéus e dois suspeitos em Ibicaraí.

A Santa Casa de Itabuna tem um protocolo que guia o profissional de saúde no atendimento de casos suspeitos da doença. “Esse documento interno indica quais são os passos a serem seguidos para a correta assistência médica e os equipamentos que os profissionais devem usar para evitar contaminação e disseminação da varíola”.

Entre os principais sintomas da varíola estão febre, dor de cabeça, dores musculares e nas costas, adenomegalia, calafrios, mialgia e astenia intensa. Romero detalha que o tempo de incubação do vírus varia de cinco a 21 dias. Os sintomas mais característicos são a formação de erupções e nódulos dolorosos na pele.

A varíola é transmitida por um vírus que tem uma mutação que o torna mais fácil de ser transmitido. É uma doença autolimitada: causa febre, dor de cabeça forte, mal estar no corpo, dores musculares, inchaço nos linfonodos. “Entre 1 e 4 dias após o aparecimento da febre, as pessoas podem apresentar lesões cutâneas".

"São exatamente por essas lesões que ocorrem a transmissão, por contato direto com a pele”, explica o médico. A erupção cutânea tem características semelhantes com varicela ou sífilis, com diferença na evolução uniforme das lesões. Começa com mancha vermelha, que evolui para uma bolha ou vesícula e se rompe.

A doença tem apresentado uma baixa letalidade nas demais continentes do planeta. Agora, em 2022, foi registrado um surto, com cerca de 20 mil casos no mundo. “Fora do Continente Africano, a doença tem ocorrido como se fosse uma virose, sem muita repercussão na mortalidade”, acrescenta Romero.

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