Algodão deve bater recorde histórico

O Valor Bruto da Produção (VBP) de algodão no Brasil pode cehgar a R$ 41 bilhões, o maior da história, segundo uma estimativa do Ministério da Agricultura feita nesta segunda-feira. O número significa um aumento de 55% sobre o saldo do ano passado, com destaque para o Mato Grosso.

Ele deve ter o melhor desempenho entre os produtores, com R$ 30 bilhões em venda. Neste ano a área plantada de algodão cresceu cerca de 17%, afirma a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). A safra atual, entre pluma e caroço, pode somar 7 milhões de toneladas.

“O algodão é tão bom que ele está até no dinheiro, nas cédulas”, disse Júlio Cézar Busato, presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) em entrevista à revista Oeste. Busato explica que os subprodutos vão muito além dos tecidos e pacotes de farmácias.

"A lista inclui insumos para a indústria de cosméticos, fabricação de ração animal e até o óleo usado pelo McDonald’s para fritar as batatas. Busato também comentou que 85% de todo o algodão brasileiro é certificado. A Abrapa possui um sistema de informação que permite rastrear a produção desde o plantio até o produto final disponível no varejo.

Na Bahia, o algodão deve fechar o ciclo em 1,3 milhão de toneladas, aumento de 6,3%, mas poderia ser melhor se o clima ajudasse. O plantio foi iniciados em novembro de 2021 e a colheita deve se estender até setembro deste ano. As lavouras de sequeiro seguem em fase de maturação e colheita.

O ciclo está adiantado em relação à safra passada, devido à anomalia da distribuição hídrica nesta safra, que iniciou e finalizou o período chuvoso mais cedo, antecipando a maturação dos frutos, enquanto que as lavouras irrigadas seguem em fase de formação das maçãs, maturação e início de colheita.

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