Projeto de lei pode prejudicar Ilhéus

A Câmara dos Deputados discute em Brasília um projeto de lei que visa a proibir a comercialização sem restrição de idade de alimentos em forma de vagina e de pênis. Se aprovado, ele vai prejudicar uma das principais empresas de Ilhéus, a Chocolate Caseiro.

Ela é famosa em todo o Brasil pelos produtos Cacau do Nacib e Flor da Gabriela, em formato de órgãos genitais, inclusive com a variação "com camisinha". Muito popular entre os turistas, que se divertem levando o chocolate para os amigos, os produtos são vendidos em lojas por todo o Brasil e até no exterior, pela Shopee.

A Chocolate Caseiro Ilhéus foi inaugurada em outubro de 1985 pelo empreendedor Hans Schaeppi, que tinha um hotel na cidade desde 1980. Ele se incomodou com o questionamento dos hóspedes, que perguntavam por que a terra do cacau não tinha uma fábrica de chocolate. Hoje, ela é uma referência nacional.

A proposta de lei é do deputado Pastor Gil, do Maranhão, que sugere multa diária de R$ 500 aos infratores. A alegação é proteger crianças e adolescentes, tirando dos pais o direito de decidir sobre o que os filhos podem ou não ver e consumir. Também ignora que hoje a anatomia é ensinada desde o fundamental.

Muito depois dos chocolates de Ilhéus, vendidos há mais de 30 anos, a moda de doces eróticos tem se espalhado depois que uma brasileira abriu uma loja em Portugal, em 2021. Nela, o destaque são crepes em formato de órgãos sexuais, hoje copiados por empresas no Brasil.

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