Total de empresas ativas cresceu 3,7%

O número de empresas e outras organizações ativas no Brasil cresceu 3,7% entre 2019 e 2020, chegando a 5,4 milhões. Mesmo com esse aumento, o total de pessoas ocupadas assalariadas em empresas diminuiu 1,8% no mesmo período, o que significa 825,3 mil postos de trabalho formais a menos no país.

As mulheres foram as que mais perderam postos de trabalho no primeiro ano da pandemia. Os dados são da pesquisa Estatísticas do Cadastro Central de Empresas (Cempre) 2020 divulgada nesta quinta, no Rio de Janeiro, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

É a primeira vez, na série histórica, desde 2008, que a queda no número de assalariados ocorreu ao mesmo tempo em que houve aumento expressivo no total de empresas. Esse movimento pode ter sido ocasionado por pessoas que foram demitidas e abriram seu próprio negócio.

“A gente não imagina, em período de forte crise econômica, ter aumento de empresas. Mas, ao mesmo tempo, isso é explicado pelo crescimento de empresas que não possuem assalariados”, disse o gerente da pesquisa do IBGE, Thiego Ferreira.

“Apesar de todos os esforços, inclusive políticos, e das políticas públicas para manter os empregos, ocorreram, naturalmente, demissões. Muita gente teve redução na renda porque foi demitida ou porque teve diminuição da jornada de trabalho e isso pode ter motivado a busca dessas pessoas por abrir seus próprios negócios”.

Entre 2019 e 2020, o número de empresas sem empregados cresceu 8,6%, o que significa 227.300 a mais em 2020. Já as empresas com assalariados recuaram em todas as faixas. As com 1 a 9 empregados caíram 0,4%; as com 10 a 49 empregados, 5,3%; as com 50 a 250 assalariados, 2,3%; e as acima de 250 tiveram redução de 1%.

Segundo o IBGE, as mulheres foram as que mais perderam postos de trabalho em empresas. Em 2020, enquanto o número de homens assalariados caiu 0,9%, em relação a 2019 o total de mulheres recuou 2,9%. Dos postos de trabalho perdidos entre 2019 e 2020, 71,9%, o equivalente a 593.600 vagas, eram ocupados por mulheres.

“Quando procuramos entender melhor esses números, o que encontramos como justificativa são dois movimentos. Houve um crescimento de ocupações em setores que usualmente empregam mais homens e, por outro lado, uma redução dos segmentos que empregam mais mulheres”.

De acordo com Ferreira, setores como o de construção, com empregados majoritariamente homens, cresceram, enquanto segmentos com funcionários majoritariamente mulheres, como educação e alimentação, reduziram os postos no primeiro ano de pandemia.

Segundo a pesquisa do IBGE, as maiores reduções de assalariados foram nos segmentos de alojamento e alimentação, com uma queda de 373.200; administração pública, defesa e seguridade social (233.900); e comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas (221.700 funcionários a menos).

Na outra ponta, o aumento mais significativo foi no setor de saúde humana e serviços sociais, com mais 139.300 assalariados. O gerente da pesquisa destacou que alimentação, mais arte, cultura, esporte e recreação tiveram as maiores perdas de assalariados da série histórica. Esses percentuais são respectivamente 19,4% e 16,4%. Com Abr

16:00  |  


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