Roma: "falta postura contra o crime"

O candidato a governador da Bahia João Roma denunciou a falta de postura da gestão petista no combate ao crime organizado. Para ele, falta respaldo às forças de segurança e uma política habitacional para policiais militares, civis e penais. "Eles não podem morar em áreas dominadas pela criminalidade".

“São os policiais que seguram nas costas toda essa estrutura aí de segurança pública que vemos que está colapsada. Eu faria tudo diferente, começando pela postura, pois a primeira coisa que está faltando é exemplo. Não há suporte nem material, equipamentos, capacitação ou comando para respaldar a ação policial”.

A declaração foi dada ao discursar no 1º Fórum de Segurança Pública, no auditório do Hotel Portobello, em Ondina, Salvador. Roma esteve acompanhado da pré-candidata do Senado pelo PL, Doutora Raíssa Soares, e pelo sargento da PM-BA Ivan Leite, que promoveu o Fórum.

“Observamos uma estrutura de comando que parece estar apenas vagando ou ‘curtindo’, pois parecem que querem fazer apenas relatórios”, pontuou Roma, que tornou a criticar as falas do governador Rui Costa e do secretário da Segurança Pública, Ricardo Mandarino.

O primeiro disse que o tráfico "emprega muito jovens" e o segundo fez um discurso de apologia às drogas ao dizer que amigos dele usam maconha para relaxar. Mandarino já defendeu a liberação das drogas mais de uma vez, mas continua no cargo apesar do constrangimento.

Roma diz que o respaldo para as ações de repressão ao crime está na Constituição, que garante ao Estado o monopólio da força. “Sem postura enérgica e sem suporte para um trabalho de repressão, não vai ter jeito para a sociedade tomar prumo. A forma de o Estado fazer valer a sua ação e a legislação é através da força policial".

"Vai ser na conversa que vai fazer enfrentamento? Não. A vida real é diferente”, comentou o pré-candidato, que é apoiado pelo presidente Jair Bolsonaro. O candidato também mencionou a situação de muitos policiais que precisam mudar de residência devido à expansão do crime organizado e das ameaças.

“Não há estratégia para isso. O que o governador faz é cometer o maior pecado de todos: transferir responsabilidade e dizer que a violência na Bahia aumenta porque Bolsonaro permitiu a compra de armas por cidadãos de bem. Alguém conhece algum bandido que foi comprar arma em loja?”

João Roma, na palestra, disse aos policiais presentes que a maiora conhece casos de agentes de segurança que precisaram deixar a residência porque a “boca apertou”, ou seja, porque o tráfico ameaçou a vida ou a família desses servidores.

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