BA-001 urbana requer faixas elevadas
O atropelamento de uma dentista no trecho duplicado da BA-001 entre o Opaba e a Praia do Sul, considerado urbano, foi planejado sem levar em conta os pedestres. As faixas para eles são poucas e nenhuma é elevada, o que diminuiria a velocidade dos motoristas e exigiria mais atenção por parte deles.
As faixas elevadas são usadas em cidades como Itabuna, onde duas faixas elevadas evitam o excesso de velocidade e protegem os pedestres na avenida Princesa Isabel. Elas são ainda mais importantes em locais como a frente da Faculdade de Ilhéus, onde o fluxo de estudantes é grande à noite, quando a visibilidade é menor.
Também é consenso, entre moradores, pedestres e analistas de trânsito que falata fiscalização. Um trecho duplicado longo incentiva a velocidade, por isso precisa se semáforos, radares e presença física do policiamento, mas nada disso foi previsto pelo governo do estado, responsável pela estrada.
O Jornal das Sete, da rádio Morena FM, lembra que ela foi feita com pressa para aproveitar a campanha eleitoral de 2020. Depois do pleito a obra teve o ritmo reduzido e só foi entregue em maio de 2021. A pressa em fazer o projeto e iniciar a obra acabou deixando de lado o cuidado com os pedestres. Agora os moradores querem que seja readequada.
A professoa Peolla Paula, especialista em mobilidade urbana, em entrevista ao site O Tabuleiro afirmou que a BA-001 é "uma obra que não considera as pessoas desde o começo do projeto". Ela revela que o trecho onde aconteceu acidente tinha previsão de uma faixa elevada de pedestres.
"Nunca houve dúvidas da necessidade, especialmente por conta dos alunos da faculdade que estudam à noite e sofrem com a visibilidade reduzida". Para ela, faltam as faixas, radares, fiscalização e "a diminuição da velocidade de 60 km/h para 50 km/h, o padrão de cidade".
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