Policiais Civis da Bahia farão greve

Reunidos em assembleia nesta terça-feira, os policiais civis da Bahia aprovaram estado de greve. O ato, em frente à Secretaria de Segurança Pública, reuniu 700 servidores, entre agentes, escrivcães e peritos. Ele foi uma resposta ao Governo da Bahia por descumprir uma decisão judicial a favor da categoria.

A ordem da Justiça era de que o Estado deve se reunir com os policiais a cada 30 dias, para ouvir reivindicações e apresentar propostas, como o impasse em ao salário de quem tem nível superior. Apesar de previsto legalmente, o aumento vem sendo negado pelo governador Rui Costa.

Segundo a decisão dos policiais, nesta sexta-feira eles vão entregar as chaves das custódias de presos de todas as delegacias da Bahia, assim como as viaturas sem condições de uso. Na segunda, dia 21, entregarão os coletes vencidos e sem condições de uso, além das pistolas Taurus.

Na outra sexta-feira, 25, seguindo até o dia 27, a categoria vai entregar os cargos de chefia e extras, além de iniciar a greve geral, sem realizar nenhum tipo de serviço. Os policiais ainda farão blitzen nas delegacias e quatro carreatas em Salvador, com datas a ser definidas.

“A conta dessa greve cairá sobre o governador Rui Costa. Ele terá que dizer para os baianos porque não dialogou com o policiais civis. É lamentável ver postura tão intransigente de um gestor público. Até decisão judicial o governo descumpriu”, comenta Eustácio Lopes, presidente do Sindpoc.

Ele explica que, de todos os estados do Nordeste, a Bahia é o que paga o pior salário. “A situação do Policial Civil da Bahia não é nada confortável. Passamos vergonha o tempo todo, não temos estrutura de trabalho, ganhamos salários baixíssimos, ficamos para trás dos outros estados do nordeste e do país".

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