Policia Civil entra em greve em toda a Bahia
Depois de mais de um ano tentando negociar com o Governo do Estado, os policiais civis esgotaram sua paciẽncia. Eles anunciaram uma greve de 72 horas, a partir de 8 horas desta sexta, em protesto porque o governador Rui Costa não cumpre a lei nem uma ordem judicial a favor da categoria. (Na noite de quinta, o governo admitiu abrir conversas e a categoria suspendeu a greve até ver se isso se confirma)
O estado deveria pagar salário de nível superior para quem tem a qualificação, mas se recusa. O benefício é previsto na Lei Orgânica da Polícia Civil do Estado da Bahia. Durante a greve, fica suspenso todo e qualquer serviço. A paralisação já vinha sendo anunciado há vários meses, sendo adiada.
O ápice da revolta foi quando o governador Rui Costa ignorou a decisão judicial de abrir negociação com os servidores, explica o presidente do Sindipoc, Eustácio Lopes. “A todo instante nós do sindicato estávamos avisando que o clima era tenso dentro das delegacias," afirma.
Em 2021 foram várias reuniões e manifestações em torno do salário de nível superior. No dia 1 de janeiro deste ano eles iniciaram uma "operação padrão", para denunciar os desvios de função dos servidores, a falta de efetivo nas delegacias e estrutura preçaria, entre outras situações.
Também foram realizados vários Lockdowns nas delegacias e, no dia 10 de fevereiro, uma manifestação com cerca de 2.500 policiais no centro de Salvador. Cansados da postura arrogante do governo, em 15 de março, em Assembleia Geral, os policiais civis aprovaram o estado de greve.
“Rui Costa terá que ir até à imprensa explicar porque descumpriu a decisão da justiça de conversar conosco. Ele também terá que falar sobre a falta de estrutura nas delegacias e por que, entre os 9 estados do nordeste, a Bahia é aquele que paga o pior salário ao policial civil”, diz Eustácio.
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