João Leão pode se aliar a ACM Neto

A chapa do PT para estas eleições, que já inspira pouca confiança por não ter nenhum nome de peso previsto para governador, pode ir pelo ralo. Depois que os senadores Jaques Wagner e Otto Alencar desistiram de concorrer ao governo, o PT insistiu em ter a cabeça de chapa e releger Otto.

Em seguida houve a desistência de Rui Costa de concorrer ao Senado, para que o PT tenha o nome para o governo. A manobra acabou com a chance de João Leão, do PP, assumir o cargo por 9 meses e a ele sobraria, de novo, apenas indicar o vice num provável fracasso.

Nesta quarta, Leão se reuniu em Brasília com o ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, para discutir o futuro do PP na Bahia. Para o vice-governador, o PT ignorou o compromisso assumido com ele, que garantia a unidade da base. Sem espaço na chapa, o pepista ficará sem cargo em 2023.

João Leão afirmou que o partido precisa "refletir sobre o seu futuro eleitoral". No meio político, a leitura disso é o rompimento com o PT. Existe uma ala, grande, dentro do PP que defende que ele saia a senador na chapa de ACM Neto, que já deixou a porta aberta e a vaga reservada.

Toda essa movimentação foi antecipada pelo jornal A Região desde o ano passado, quando não enxergou uma montagem de chapa que pudesse manter o grupo unido, exceto com o PT abrindo mão da cabeça de chapa, o que, historicamente, ele nunca faz.

Em novembro nossos articulistas já davam como certa a adesão de Leão à chapa de ACM Neto como candidato ao senado ou a montagem de uma com João Roma. Um deles sairia ao governo e o outro ao senado, com o apoio do presidente Jair Bolsonaro, de quem o PP é aliado nacionalmente.

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