Emprego volta ao nivel pré-pandemia

Levantamento divulgado nesta segunda pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) sinaliza que a retomada do mercado de trabalho está se consolidando no Brasil, com expansão da população ocupada e com efeitos sobre a redução do desemprego.

No documento, elaborado com base nos dados da Pesquisa Nacional de Amostras de Domicílios (PNAD Contínua), do IBGE, os pesquisadores observaram que, em janeiro, o contingente de ocupados chegou a 94,1 milhões de trabalhadores, atingindo patamar semelhante ao da pré-pandemia, de 94,5 milhões.

Em relação ao mesmo mês do ano passado, a população ocupada aumentou 8,1%, tornando-se o principal fator responsável pela queda de 3,3 pontos percentuais da taxa de desocupação, que caiu de 14,7% em janeiro de 2021 para 11,4% em janeiro deste ano.

Já na série livre de sazonalidade, a taxa de desocupação de 11,2%, em janeiro, alcançou o menor patamar registrado desde abril de 2016, indicou o Ipea. Segundo o estudo, o recuo generalizado do desemprego foi mais intenso na Região Sudeste, onde a taxa de desocupação caiu 3,9 pontos percentuais, de 15,1% para 11,2%.

Em termos absolutos, as maiores taxas de desocupação foram verificadas no Amapá (17,5%), Bahia (17,3%) e Pernambuco (17,1%). Já as taxas de desocupação das regiões metropolitanas e não metropolitanas passaram de 17,1% e 12%, em 2020, para 13,1% e 9,6%, em 2021.

Os dados por gênero revelam que, embora tenha ocorrido queda da desocupação para ambos os sexos, a taxa de desemprego entre os homens (9%) é menor do que a das mulheres (13,9%). Nos homens, o desemprego já se encontra em nível abaixo do registrado no período pré-pandemia (9,1%).

Analisando a faixa etária, o Ipea constatou que, “apesar de todos os segmentos etários terem registrado queda na desocupação, este recuo foi mais intenso na faixa dos trabalhadores mais jovens, cuja taxa de desemprego retroagiu 6,2 pontos percentuais entre o quarto trimestre de 2020 e o de 2021, de 29% para 22,8%".

"De modo semelhante, o contingente de ocupados com ensino fundamental incompleto apontou crescimento de 16,2%, possibilitando uma queda de 5,1 pontos percentuais da taxa de desocupação, que passou de 23,5% para 18,4%, no período em questão”.

À exceção da administração pública, que mostrou queda de 2,4%, na comparação interanual, todos os demais setores tiveram expansão da ocupação no último trimestre de 2021. Destaque para os serviços de alojamento e alimentação (23,9%), serviços domésticos (21,7%), pessoais (14,7%) e construção civil (17,4%).

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