Chapa do PT tem nova reviravolta na Bahia
O governador Rui Costa (PT) criou uma confusão geral ao se colocar como candidato ao Senado na chapa do grupo. Obrigou o senador Jaques Wagner a retirar sua candidatura, irritou seu partido e criou desgaste com o PP, já que Otto Alencar (PSD) seria o nome para o governo.
A irritação do PT baiano e a recusa de Otto em assumir uma candidatura kamikase a governador, ao invés de tentar a reeleição para o Senado, levaram a nova reviravolta, anunciada por Wagner em uma entrevista de rádio: o PT seria o cabeça de chapa, com Otto para o Senado e o PP indicando o vice.
O anúncio gerou resposta cortante de Rui Costa, dizendo que cabe somente a ele negociar a chapa, uma referência velada a Wagner. Rui diz que vai anunciar a chapa no dia 13, mas o PT já considera o assunto resolvido, soltando uma nota oficial confirmando o que disse Wagner.
Segundo o senador, a cabeça de chapa ficará entre três petistas. Um deles é Luiz Caetano, que já foi investigado e condenado várais vezes por irregularidades de quando governava Camaçari. Outro é Jerônimo Rodrigues, secretário de Educação que manteve a Bahia como o estado com os piores índices do Brasil.
O terceiro nome é o de Moema Gramacho, que responde a inquéritos por fraude na compra de tablets, além de condenada a devolver R$ 1,3 milhão pagos indevidamente a uma ONG. O PT aprovou, mas os partidos aliados estão revoltados. Otto desconversa e diz que é fiel à chapa, não importa o nome.
Já políticos do PSD estão preocupados com o estrago que um nome fraco terá na eleição de deputados do partido. Porém o maior desgaste é com o PP, que esperava ter João Leão assumindo o estado por 9 meses ou a indicação para o governo do estado.
O PSD e o PP têm mais de 100 prefeitos cada um, o PT somente 38. Por isso, o PP esperava que o PT indicasse o vice e abrisse espaço para Leão ser o cabeça de chapa. Agora, uma ala de bom tamanho do PP defende que o partido se alie a ACM Neto com Leão na chapa para senador.
Existe ainda alguns pepistas que sugerem uma chapa de João Leão para governador com João Roma para o Senado, em uma negociação que seria facilitada pelo PP nacional que, ao contrário do baiano, é aliado do Presidente Jair Bolsonaro.
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