Cecília inovou na prevenção do cãncer

O Instituto Nacional do Câncer (Inca) afirma que, depois do câncer de pele, não melanoma, o de mama é o tipo mais comum entre as mulheres, respondendo por cerca de 25% dos casos. O diagnóstico precoce aumenta significativamente as chances de cura, durante o tratamento.

Daí a importância do trabalho da professora e pesquisadora do Centro de Pesquisas Avançadas em Grafeno e Nanomateriais (MackGraphe) e colaboradora da Unicamp Cecília de Carvalho Castro e Silva. Ela criou um dispositivo inovador em parceria o pesquisador Lauro Tatsuo Kubota.

Ele é capaz de identificar, precocemente, o câncer de mama. O dispositivo é altamente sensível, do tamanho de uma moeda de cinquenta centavos, com 64 sensores integrados. Segundo a pesquisadora, ele monitora uma proteína chamada HER2 (Human Epidermal Growth Factor Receptor 2, na sigla em inglês).

Esta proteína, que aparece em 25% a 30% dos casos de câncer de mama é um importante biomarcador para a doença. “Quando uma pessoa inicia o processo de desenvolvimento de uma doença, a presença dessa proteína ou biomarcador é aumentada no sangue humano".

"Esse dispositivo consegue detectar a proteína 6 meses antes do tumor ter sido formado. Os estudos mostram que o aumento da concentração da proteína está relacionado com a formação do tumor”, explica Cecília. O aparelho também pode ser usado em outros casos.

“Se conseguirmos detectar a proteína em uma concentração baixa, conseguiremos indicar para mulheres que tem histórico na família e para as que estão fazendo tratamento, acompanhando a eficácia da quimioterapia. Se a concentração de proteína diminuir, indica que o tratamento está sendo efetivo”.

A pesquisadora também foi professora visitante no Institut Català de Nanociència i Nanotecnologia, em Barcelona, Espanha, entre 2020 e 2021, onde desenvolveu biossensores elétricos baseados em grafeno para diagnóstico da Covid-19.

Cecília ainda foi destaque em 2021 no Jornal Nanoscale, da Royal Society of Chemistry, com uma estratégia simples de se obter microfibras de óxido de grafeno com elevado controle de sua estrutura e dimensões, com formato homogêneo e diâmetro ajustável, através do uso de dispositivos microfluídicos.

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