Rui é denunciado por atrasar repasse
A Associação Brasileira dos Centros de Diálise e Transplante (ABCDT) denuncia que as secretarias de Saúde dos estados vem atrasndo o repasse do pagamento da TRS para as clínicas conveniadas ao SUS, inlcuindo a da Bahia, mesmo depois do envio da verba pelo Ministério.
O repasse chega a atrasar mais de 40 dias, quando deveria ser feito em cinco dias úteis. A Bahia está retendo ilegalmente a verba federal que deveriam ser enviadas às clínicas de diálise que atendem os pacientes do SUS e vivem uma crise financeira causada pelo governo estadual.
"O governo atrasa e as dívidas se acumulam. Os valores da diálise já são defasados em 46% e as clínicas podem fechar, deixando doentes renais sem o tratamento que lhes garante a vida na Bahia", alerta a entidade. Na Bahia, cerca de 10 clínicas de diálise prestam serviço ao SUS, oferecendo Terapia Renal Substitutiva (TRS).
Ela é usada em 2.000 pacientes renais crônicos, que podem ficar sem assistência porque o atraso no repasse referente a dezembro soma mais de R$ 6 milhões. Mesmo com as dramáticas condições, as clínicas continuam atendendo pacientes com doença renal crônica, mas não sabem até quando conseguem.
“Quando há atrasos, os proprietários das clínicas tomam empréstimos bancários, e as taxas de juros estão cada vez maiores. Já enviamos à Secretaria de Saúde ofícios cobrando o pagamento, mas não tivemos resposta alguma", explica Marcos Alexandre Vieira, presidente da ABCDT.
"As clínicas estão no limite do limite, recebendo um valor estabelecido pela tabela SUS que já é 46% menor do que deveria ser hoje e ainda não podemos ao menos receber em dia? É um verdadeiro absurdo, porque são serviços devidamente prestados”.
“Nossa maior preocupação é uma redução da oferta de tratamento à população, uma vez que os pacientes dependem única e exclusivamente das sessões de hemodiálise para sobreviver. Em outros estados, algumas clínicas já fecharam as portas. Esperamos que na Bahia isso não ocorra".
"Sobretudo com o aumento de custos e as novas demandas decorrentes da pandemia causada pelo Covid-19, chegamos a um ponto muito crítico. Temos funcionários afastados por Covid, moeda estrangeira impactando nos preços, faltam remédios e para piorar, governos que não levam a sério os prazos".
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