Bolsonaro vai sobrevoar Petrópolis na sexta
O Presidente Jair Bolsonaro, que está em visita diplomática na Russia, anunciou que vai mudar seu roteiro da volta ao Brasil para sobrevoar Petrópolis, no Rio de Janeiro, que vive uma tragédia com as chuvas intensas que caíram na região, matando 66 pessoas até esta quarta.
Bolsonaro está na Rússia a convite do presidente Vladimir Putin e segue nesta quinta para um encontro commo primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orbán. Bolsonaro explicou que houve uma mudança na rota do voo e que pousará no Aeroporto Internacional Tom Jobim-Galeaõ, no Rio de Janeiro, em vez de Brasília.
"Pretendo, ao pousar, sobrevoar a região. Conversei com Paulo Guedes durante a madrugada. Conversei com Rogério Marinho, que já enviou seu representante para tratar da calamidade de Petrópolis. Conversei também com o governador Cláudio Castro, do Rio de Janeiro".
"Na conversa com Marinho e Guedes pedi para liberar um crédito especial para atender aos vitimados da catástrofe. Como é praxe nessas questões, há liberação do fundo de garantia e recursos para obras emergenciais para restabelecer a transitabilidade na região".
Os desabamentos e alagamentos causados pela enxurrada que atingiu Petrópolis, na região serrana do Rio de Janeiro, causaram a morte de pelo menos 68 pessoas, de acordo com o Governo do Estado. Até o momento, 21 vítimas foram resgatadas com vida. As ações ocorrem desde a noite de terça.
Em nota, o governador Cláudio Castro diz que se trata de uma situação "quase que de guerra" e que toda a equipe do governo está mobilizada. "Atuamos no resgate e salvamento de vítimas, desobstruindo estradas, atendendo pessoas que perderam seus bens, com medicamentos e remoções, entre outras ações".
Uma grande equipe está concentrada no Morro da Oficina, no bairro Alto da Serra, onde o governo acredita ter o maior número de vítimas ainda soterradas. São 400 militares mobilizados e atuando em 44 pontos atingidos pelo temporal. Foi montado um hospital de campanha com 10 leitos para o primeiro atendimento.
Mais de 180 pessoas que moram em áreas de risco foram acolhidas em escolas e recebem suporte de saúde, educação, agentes comunitários e Defesa Civil. A Delegacia de Descoberta de Paradeiros realiza atendimento especializado às famílias que buscam informações de desaparecidos e registros de ocorrência.
Os familiares estão sendo acolhidos e atendidos na Sala Lilás do posto. Órgãos públicos e associações de diversos setores anunciaram medidas para reunir doações e ajudar no atendimento às vítimas. A tempestade causou transbordamento de rios, deslizamentos de encostas e alagamentos.
O Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro organizou um mutirão com os juízes para agilizar e ordenar os documentos necessários para a identificação e liberação de corpos no Instituto Médico Legal. Por causa dos danos causados à infraestrutura, os fóruns não funcionaram e os prazos processuais foram suspensos.
Em atualização do boletim meteorológico, a Defesa Civil informou que ainda há previsão de chuva fraca a moderada a qualquer momento. Ela reforça que a cidade segue em Estágio Operacional de Crise e orienta que a população fique atenta aos informes e alertas que podem ser atualizados a qualquer momento.
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