Uesc abandona imóveis herdados do ICB
No dia 26 de agosto de 1992, o então governador Antonio Carlos Magalhães extinguiu a autarquia Instituto de Cacau da Bahia, que era vinculada à secretaria de Agricultura, Irrigação e Reforma Agrária. O decreto determinava que todos os imóveis do ICB fossem transferidos para a Universidade Estadual de Santa Cruz.
A lista inclui a sede do ICB e vários prédios em Salvador, a sede e vários imóveis em Ilhéus, o imóvel ocupado pela Cesta do Povo e galpões em Itabuna, várias casas em Porto Seguro, fazendas e sítios. O restante, como móveis, equipamentoe e obras de arte, foram para o Patrimônio do Estado.
O estado esperava que a Uesc mantivesse e explorasse os imóveis da melhor forma possível, mas o que se vê é um completo descaso com o patrimônio público por parte da instituição. A Fazenda Jasse, em Arataca, era um jardim clonal, que chegou a ser administrado pela Biofábrica.
Porém, ela perdeu o interesse e a fazenda foi invadida pelo MST, com a leniência do Governo do Estado, que não se interessou em retomar a área. Os invasores destruíram todo o trabalho de décadas. Outro imóvel de pesquisa, o Sítio Roseiral, em Ilhéus, também foi abandonado e está destruído.
O prédio onde funcionava a Cesta do Povo está fechado e se desamanchando por falta de manutenção. Os dois museus herdados pela Uesc estão em ruínas, com o acervo se deteriorando. Dois imóveis em Porto Seguro, abandonados, viraram ponto de drogados e os documentos do Cedoc que estavam lá sumiram.
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