Itacaré completa 290 anos de história

Itacaré comemora 290 anos de emancipação política nesta quarta, evitando aglomerações, mas garantindo muitas homenagens à cidade. Depois de uma alvorada e queima de fogos às 5 horas, haverá uma missa festiva na Igreja Matriz de São Miguel Arcanjo, com homenagens e agradecimentos.

Durante a tarde será a vez da live Tributo a Itacaré, com os músicos Marcos Abaga, Marlon Moreira e Rafael Zalela. Outro evento, na rua 26 de Janeiro, traz o Marimbondo fazendo uma comemoração simbólica pelo aniversário do bairro. O prefeito Antônio de Anízio diz que, mesmo com pandemia, é preciso celebrar.

Itacaré surgiu de uma aldeia de índios Tupiniquins, colonizada por europeus em 1530. Por volta de 1718, o jesuíta Luís da Grã construiu a Igreja de São Miguel, às margens do Rio de Contas e o povoado passou a se chamar São Miguel da Barra do Rio de Contas.

Itacará virou município em 26 de janeiro de 1732, por ordem da Condessa do Resende, então donatária da capitania de Ilhéus, recebendo o nome atual somente em 1931. Entre 1890 e 1940 a cidade cresceu com o cultivo do cacau, como o principal porto de escoamento da produção na Bahia.

O declínio teve início com o assoreamento da barra do Rio de Contas, quando seu porto foi transferido para a Ilhéus. Foi agravado pela forte crise econômica consequente da quebra da Bolsa nos EUA, em 1929 e consolidou-se quando a “Vassoura de Bruxa” dizimou as lavouras.

Com o declínio da economia cacaueira, Itacaré ficou esquecida, mas suas praias e a Mata Atlântica preservada foram descobertas por surfistas aventureiros, e passou a atrair turistas. Em 1998, a conclusão da BA-001 entre Ilhéus e Itacaré facilitou o acesso ajudou a tornar a cidade um dos principais destinos turísticos do país.

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