Dengue diminui, mas ainda preocupa

O Brasil registrou queda de 42,6% no número de casos prováveis de dengue entre 2020 e 2021. No ano passado, foram notificadas 543.647 infecções, contra 947.192 em 2020. Os dados são da Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde. 

Entre os casos de zika, houve uma redução de 15%, passando de 7.235 notificações em 2020 para 6.143 em 2021. Já a chikungunya registrou aumento de 32,66% dos casos, com 72.584 em 2020 e 96.288 no ano passado.

Itabuna, no sul da Bahia, também vem tendo uma redução nestas arboviroses. Ela registrou 346 casos, com incidência de dengue em 161,59, considerada média. O município também registrou 26 casos de Zika, com incidência de 12,14; e 18 de Chikungunya, uma incidência de 8,41.

O coordenador-geral de Vigilância de Arboviroses do Ministério da Saúde, Cássio Peterka, afirma que quase todos os municípios do Brasil possuem transmissão de dengue, zika ou chikungunya, ou as três concomitantemente. 

“Hoje, mais de 70% dos casos de dengue se concentram em menos de 200 municípios, mas não quer dizer que os outros restantes, para completar 5.570, não devam ter ações.” Devido às altas temperaturas e às chuvas abundantes, o verão é o período do ano em que os ovos eclodem.

Com isso, o número de mosquitos se multiplica e gera o aumento de infecção por dengue, chikungunya e zika. A melhor forma de proliferação do mosquito Aedes aegypti, transmissor das três doenças, é prevenir o aparecimento de criadouros em locais com água parada.

Campanha do Ministério da Saúde orienta que medidas para evitar água parada sejam incorporadas na rotina da população, como explica Cássio Peterka. “A grande importância de combater o mosquito é que não teremos pessoas doentes se não tivermos muitos mosquitos".

"Então a campanha desse ano traz à tona a questão de cada um buscar a responsabilidade dentro do seu quintal, do seu local de trabalho e utilizar dez minutos da sua semana para que ele faça uma revisão nos principais locais onde possam ter criadouros do mosquito e elimine esses criadouros, não deixe que o mosquito nasça.”

O sanitarista da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) de Brasília, Claudio Maierovitch, destaca que 2020 foi um ano de muitos casos e, por isso, não se deve relaxar com a queda de contágios em 2021. "Mesmo não tendo havido aumento de um ano para o outro, essa não é boa comparação, uma vez que o ano anterior foi de números altos”.

Para evitar a proliferação do mosquito, a população deve checar calhas, garrafas, pneus, lixo, vasos de planta e caixas d’água. Não deixe água parada. Combata o mosquito todo dia. Coloque na sua rotina. Com Brasil 61

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