Conselho de Saúde critica decreto de Rui
O Conselho Estadual de Saúde da Bahia questiona o decreto do governador Rui Costa liberando festas com até 5 mil pessoas em local fechado e considera que ele não está de acordo com o cenário atual. O órgão, que fiscaliza o SUS, lembra o surto de gripe, os reflexos das enchentes e o resultado das festas de fim de ano e férias.
Tudo isso aumentou a quantidade de casos de Covid, apesar da enorme redução nas internações e mortes. A experiência dos cruzeiros, que sofrem um surto de Covid, é apontada como um exemplo de que é preciso rever essa liberação de festas de grande porte.
O conselho afirma que cada transatlântico leva em média 3.800 pessoas, como o que atracou em Salvador. As festas podem ter 5 mil pessoas em espaços confinados e ninguém fiscaliza direito o uso de máscaras nesses eventos. "O atual decreto amplia a nossa convivência com o vírus”, diz Marcos Sampaio, presidente do CESBA.
O órgão acrescenta que tem recebido relatos de usuários do SUS ficando até 4 horas na fila de triagem das unidades de saúde de médias e grandes cidades. O conselho recomenda que os prefeitos discutam a revisão deste decreto de festas em cada cidade.
“As prefeituras têm como indicadores as portas dos hospitais e a ocupação das suas UTIs e precisam avaliar qual é a pressão que virá para seus sistemas. A vacina da gripe só deve chegar em março, então, até lá, a única possibilidade é dar assistência aos doentes e adotar medidas de proteção", completa Sampaio.
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