Lockdown prejudicou 92% dos estudantes

A pesquisa Síntese de Indicadores Sociais, feita pelo IBGE, revela que o tempo médio de suspensão das aulas presenciais em 2020, decretada pelos governadores, somou 279 dias no Brasil. Na rede pública, a média foi de 287 dias, e na rede privada, de 247 dias. No geral, 99,3% das escolas da educação básica ficaram sem aulas.

A situação é ainda pior para a atual geração de estudantes, porque 90,1% delas não retornaram as aulas dentro de 2020. Muitas continuaram sem atividades escolares também neste ano, caso da Bahia, onde o Governo do Estado só liberou aulas presenciais na rede pública em novembro. Foram dois anos perdidos e impossíveis de recuperar.

O IBGE informou que o Brasil está entre os países que tiveram o maior período de suspensão das aulas presenciais. Em novembro do ano passado, só 2,4% dos estudantes de seis a 17 anos frequentavam aulas presenciais normalmente e 5,4% de forma parcial. Os outros 92,2% não tinham aulas presenciais.

Na educação básica, 42,6% das escolas promoveram aulas pela internet, sendo 35,5% na rede pública e 69,8% na rede privada. Os menores percentuais de adoção dessa estratégia de ensino foram identificados no Acre, Amazonas, Pará e Roraima. Em contrapartida, os maiores percentuais foram do Ceará e Distrito Federal.

Em 2019, 54% dos estudantes de 15 a 17 anos tinham internet e computador ou notebook em casa, sendo 48,6% na rede pública e 90,5% na rede privada. Ao mesmo tempo, apenas 9,2% das escolas públicas disponibilizaram equipamentos para uso dos alunos durante o ano letivo de 2020.

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