Itabuna prepara ações de Hanseníase

O Programa Municipal de Enfrentamento à Hanseníase de Itabuna concluiu a capacitação dos profissionais de saúde, entre médicos, enfermeiros, fisioterapeutas e psicólogos, nesta quarta-feira, 8, na UniFTC. O objetivo é ampliar ações e o o diagnóstico da doença, que apresenta número elevado de casos em Itabuna, 50 por ano.

O trabalho também reuniu profissionais de Vigilância em Saúde e da Atenção Primária, segundo a coordenadora do programa, Moema Farias. Ela explica que a doença é provocada pela bactéria Mycobacterium leprae ou bacilo de Hansen, que pode causar a incapacidade física dos nervos.

O treinamento foi uma preparação para a campanha Janeiro Roxo, mês dedicado à prevenção, diagnóstico e combate à Hanseníase, com início das ações previstas para o dia 3. “A doença tem cura, mas o diagnóstico clínico e tardio dificulta o tratamento”.

Moema conta que os sintomas da Hanseníase aparecem com mais frequência na face, braços e pernas, com manchas brancas, vermelhas ou marrons, a depender do tom de pele. O paciente apresenta perda de sensibilidade dolorosa e tátil. Além disso, é a doença que mais cega no mundo.

De acordo com a enfermeira, o diagnóstico pode ser feito em qualquer unidade de saúde, sendo o Centro de Saúde José Maria de Magalhães Neto a referência em tratamento da doença. O médico Humberto Barreto é um dos mais conceituado em Hanseníase e atende na unidade.

“Fazemos um teste de sensibilidade no paciente. Geralmente, nas unidades de saúde usamos tubos de ensaio com água morna e outro com água fria. Testamos na pessoa e observamos se ela tem ou não sensibilidade à temperatura. Mas qualquer objeto aquecido pode ser colocado na pele do paciente”, explica Moema.

O tratamento é feito com poliquimioterapia, através do uso de comprimidos que precisam ser tomados na Unidade de Saúde a cada 28 dias, sob a supervisão do profissional de saúde. O tratamento da Hanseníase é feito com antibióticos e deve ser iniciado assim que surgem os primeiros sintomas.

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