Ex-diretores do Inep são investigados

A Controladoria-Geral da União participou, nesta terça, da Operação Bancarrota. O trabalho, em parceria com a Polícia Federal, tem o objetivo de combater irregularidades na contratação, pelo INEP, de empresas responsáveis pela impressão de exames, incluindo as provas do Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM).

Uma auditoria da CGU de 2019 revelou irregularidades nos contratos do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP) com uma gráfica para a impressão dos exames,, entre 2010 e 2018, nos governos de Dilma Roussef (PT) e Michel Temer (MDB), somando R$ 728 milhões.

Em 2019, a empresa entrou com pedido de falência, levando o INEP a fazer novo pregão eletrônico e contratando a empresa classificada em terceiro lugar, após a desclassificação das duas primeiras.

As investigações revelaram a atuação de diretores e servidores do Inep, com as gráficas contratadas, para direcionar a contratação. Os contratos totalizaram pagamentos, desde 2010, de aproximadamente R$ 880 milhões, dos quais cerca de R$ 130 milhões foram superfaturados.

As fraudes, irregularidades e favorecimentos resultaram no desvio do dinheiro para interesses particulares em detrimento do público. A Operação Bancarrota busca a devolução das verbas pagas indevidamente e a apuração da responsabilidade dos envolvidos.

A Operação Bancarrota cumpriu 41 mandados de busca e apreensão no Distrito Federal, São Paulo e Rio de Janeiro, além do sequestro judicial de R$ 130 milhões das empresas e pessoas físicas envolvidas. O trabalho conta com 13 servidores da CGU e de 127 policiais federais.

Os envolvidos são suspeitos de organização criminosa, corrupção ativa e passiva, crimes da Lei de Licitações e lavagem de dinheiro, com penas que ultrapassam 20 anos de reclusão. A CGU recebe denúncias pelo canal "Fala.BR". Quem tiver informações pode enviá-las por meio de formulário e permanecer anônimo. Com Abr

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