Consumo tem retomada em 8 capitais

Se ainda há um longo caminho para a recuperação econômica sustentável após o impacto da crise sanitária, já é possível vislumbrar uma retomada crescente do consumo nas principais praças nacionais. É o que mostra pesquisa da Geofusion, de inteligência geográfica.

São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Belo Horizonte, Salvador, Fortaleza, Curitiba e Manaus estão retomando o ritmo do consumo em três categorias, higiene e cuidados pessoais; vestuário; joias e bijuterias. O setor de vestuário vem demonstrando uma capacidade de recuperação consistente, após amargar um dos piores resultados em 2020.

A intenção de compras cresceu de forma similar nas cidades pesquisadas, em 67%. O salto, em valores absolutos, foi de aproximadamente R$ 49,70 bilhões (2020) para R$ 82,80 bi (2021). São Paulo (40%), Rio de Janeiro (41%) e Brasília (56%) são as cidades em que a classe A mais consome esses produtos.

Já em Manaus, as famílias de classe A respondem por 8% das compras, em Salvador 22%, em Fortaleza 24%, Belo Horizonte 25%, e em Curitiba, 33%. O setor de joias e bijuterias também demonstra resultado positivo. A recuperação é superior a 50% em algumas cidades, saindo de R$ 5,40 bi no ano passado para R$ 8,10 bi em 2021.

São Paulo, Curitiba e Salvador tiveram aumento de consumo de 51%. A classe A é a que mais consome esses itens, e as cidades com maior concentração dessas compras são Brasília (71%), São Paulo (67%) e Rio de Janeiro (56%). Já o consumo de produtos de higiene e cuidados pessoais subiu 6% no período mais crítico da crise sanitária.

Em valores, o setor registrou crescimento em relação a 2020, de R$ 145,30 bilhões para R$ 122,60 bilhões. Esses produtos tiveram aumento da procura em todas as capitais pesquisadas: Belo Horizonte, Fortaleza e Brasília (19%), São Paulo, Manaus e Curitiba, Salvador e Rio (18%).

O consumo de higiene e cuidados pessoais não parou de crescer desde 2018, ou seja, não caiu na pandemia, mesmo com as pessoas dentro de casa. Já o de vestuário sofreu um forte tombo em 2020 mas sua recuperação está vigorosa, provavelmente pelo retorno dos eventos sociais e trabalho presencial.

O consumo de joias e bijuterias, para o qual se esperaria uma queda maior do que a do vestuário, surpreendeu. Caiu quatro vezes menos que o potencial de vestuário e agora tem um forte crescimento em 2021, com um volume 42% superior a 2018, explica Susana Figoli, diretora de Inteligência de Mercado na Geofusion.

19:06  |  


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