Chuva gera problemas nos aeroportos

A poucos dias do Natal e com movimento ainda tranquilo para esta época do ano, usuários têm reclamado de atrasos e cancelamentos de voos em alguns dos principais aeroportos. No Internacional de Cumbica, em Guarulhos, as empresas aéreas admitem problemas "pontuais" que atribuem ao "efeito cascata" da chuva.

Segundo a GRU Airport, dos 344 pousos e decolagens programados entre a meia-noite e às 16 horas desta terça, apenas 57 sofreram mais de 30 minutos de atraso e nenhum voo foi cancelado. Ainda assim, as empresas com maior presença, Latam e Gol, confirmam que suas operações ainda sentem as consequências da forte chuva.

Ela caiu mais forte na sexta-feira (17) e derrubou, temporariamente, o sistema de iluminação aeroportuária. De acordo com a Latam, além do “efeito cascata”, há voos sofrendo atrasos devido à demora na inspeção sanitária de pessoas vindas do exterior que vão embarcar em conexões para outros destinos.

“Isso acarreta que alguns passageiros acabem perdendo suas conexões, tendo que ser reacomodados em voos posteriores”, afirmou a companhia. Também em nota, a Gol informou que há cinco dias vem reacomodando passageiros cujos voos tiveram que ser cancelados ou remanejados em função das chuvas.

Consultada, a GRU Airport, concessionária responsável por administrar e operar o aeroporto de Cumbica, se limitou a informar à Agência Brasil que as operações aeroportuárias afetadas pelas chuvas da sexta-feira foram normalizadas na manhã do mesmo dia e que só as companhias aéreas podem responder pelos os atrasos.

Dada à forma como o modal de transporte aéreo se organiza, problemas em um aeroporto tendem a impactar, em maior ou menor grau, o resto da malha aérea. Um dos passageiros a sofrer com mudanças de última hora pela companhia aérea foi o bancário Marcelo Filgueira Lopes, 65 anos.

Ele teve o voo cancelado sem mais explicações. Lopes e sua esposa viajariam na tarde de segunda de Curitiba a Brasília. “Na sexta-feira, embarquei direitinho, tranquilo, com destino ao Paraná. Ontem, quando cheguei ao aeroporto para voltar a Brasília, fui surpreendido com o cancelamento do meu voo".

"Reclamei para o atendente que a empresa tinha meu telefone, meu e-mail, e não me avisou antecipadamente. Aí, uma das atendentes me disse que o voo marcado no meu bilhete de embarque não existia e que eu resolvesse no guichê”, contou o bancário.

Uma consulta ao site da Latam indica que o voo LA3150 parte, diariamente, de Curitiba, por volta das 11h55, e não às 16h55, conforme consta no bilhete apresentado por Lopes. “Me ofereceram esperar por um próximo voo que partiria ontem mesmo, mas que, antes de seguir para Brasília, iria para São Paulo e retornaria a Curitiba".

"Como eu não aceitei, remarcaram minha passagem para a tarde de hoje [21]. Tive que aceitar, mas perdi um dia de trabalho e tivemos que pedir para que um irmão da minha esposa fosse nos apanhar e nos deixasse passar a noite na casa dele”, contou o bancário à Agência Brasil, afirmando não ter recebido nenhuma assistência da empresa.

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