Pinacoteca do Beiru está no MAM-BA

A Pinacoteca do Beiru (pinacotecadobeiru.art) está ocupando Galeria 3 do Museu de Arte Moderna da Bahia (MAM-Bahia) até a primeira semana de janeiro. Trata-se do ‘Programa de Residências Artísticas do MAM-Bahia’ que convida grupos e coletivos para ocupar o museu.

A Pinacoteca atua com o compartilhamento de projetos artísticos e troca de saberes no bairro do Beiru, em Salvador, e foi inaugurada neste ano pelo artista plástico soteropolitano Anderson AC, com a produtora cultural Juliana Freire.

As atividades da Pinacoteca no MAM incluem visitação a um ateliê, montado no museu, com o artista trabalhando, além de performances, leituras públicas, aulas, oficinas, uma apresentação de música jamaicana e DUB, e rodas de conversa envolvendo música da diáspora.

“A proposta é que o público acompanhe e participe dos processos da programação, pois a residência se utiliza do formato de ateliê aberto, no qual os artistas e convidados compartilham seus processos criativos do dia a dia no museu”, explica o curador do MAM-Bahia, Daniel Rangel.

Segundo Rangel, além da Pinacoteca, estão na lista o ‘Acervo da Laje’ (www.acervodalaje.com.br), coletivos e grupos que atuam na Bahia. “Essas são ações artísticas que geram impacto social. A ideia é que o MAM se torne catalisador para que essas propostas ganhem mais visibilidade e a partir da troca com equipe e público do museu".

Anderson AC conta que a Pinacoteca tem atividades artísticas, lúdicas, de cidadania e formação cultural no Beiru. “Neste ano conseguimos abrir o espaço para a comunidade e bairros adjacentes, totalizando cerca de 100 moradores, entre adultos e crianças, que reconhecem e frequentam a Pinacoteca como ponto de respiro voltado às artes".

O nome Beiru se refere ao escravo de origem yorubá, "Gbeiru", que teria habitado essa área no século XIX e depois reuniu escravos e libertos no mesmo local. Hoje, 86% da população do Beiru se autodenomina negra. “E nesse mês do 'Novembro Negro' teremos uma programação que dialoga com essa afrodescendência”, diz a produtora Juliana Freire.

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