PIB cresceu além em 13 estados em 19

Entre as 27 unidades da federação, 13 tiveram aumento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2019 acima da média nacional, que foi de 1,2%, alcançando R$ 7,4 trilhões. Ao todo, 22 estados tiveram crescimento naquele ano. Os dados são das Contas Regionais 2019, divulgadas nesta sexta pelo IBGE.

A maior alta foi do Tocantins, que cresceu 5,2%, seguido por Mato Grosso (4,1%), Roraima (3,8%), Santa Catarina (3,8%) e Sergipe (3,6%). Pelo lado das quedas, a maior retração foi do Espírito Santo (-3,8%). Pará (-2,3%), Piauí (-0,6%) e Mato Grosso do Sul (-0,5%). Minas Gerais ficou estável. As demais altas foram abaixo do índice nacional.

Segundo a gerente de Contas Regionais do IBGE, Alessandra Poça, no Tocantins, que tem 0,5% de participação no PIB nacional, o crescimento foi puxado pela silvicultura. “O crescimento é atrelado à elevação em volume de 278,2% na produção florestal, pesca e aquicultura, principalmente na silvicultura, impulsionada em grande medida pela extração de madeira em tora de eucalipto".

Ela destaca que o comércio contribuiu para o PIB em seis estados em 2019. “Dentre essas 13 unidades que tiveram alta acima da média nacional, o comércio tem um peso considerável na economia, é uma atividade que consta em seis unidades: Tocantins, Mato Grosso, Roraima, Santa Catarina, Amapá e Amazonas".

"Atividades imobiliárias é quesito que aparece em cinco, Amapá, Goiás, Ceará e Rio Grande do Norte. A Agricultura é importante em quatro: Mato Grosso, Sergipe, Ceará e Alagoas”. No Mato Grosso, o crescimento da agricultura foi amparado nos cultivos de algodão herbáceo e de soja na série histórica.

“Na análise de desempenho ao longo da série 2002-2019, o Mato Grosso continua se destacando com a maior variação em volume acumulada entre os entes federativos, um crescimento de 130,4% no período. O desempenho do estado esteve bastante vinculado à agropecuária, devido ao cultivo de algodão e à pecuária no período”.

Entre os estados que apresentaram queda no PIB em 2019, no Espírito Santo e no Pará a retração foi vinculada às indústrias extrativas, com redução do minério de ferro. O Piauí apresentou queda na agricultura e no comércio. Já no Mato Grosso do Sul, houve decréscimo na cadeia de produção da celulose, soja, bovinos e suínos.

O Sudeste, que tem a maior participação no PIB nacional, diminuiu de 53,1% para 53%, com a desaceleração das economias fluminense e capixaba. Na passagem de 2018 para 2019, as regiões Norte (0,2 p.p.) e Sul (0,1 p.p.) elevaram suas participações, alcançando 5,7% e 17,2%, respectivamente.

O Nordeste teve redução de 0,1 ponto percentual, respondendo em 2019 por 14,2% das riquezas produzidas no país. O Centro-Oeste se manteve no mesmo patamar de contribuição para a economia brasileira, com 9,9% do total.

O estado de São Paulo concentra cerca de um terço do PIB nacional, com R$2,35 trilhões. Na série histórica, SP passou de 34,9% da economia brasileira em 2002 para 31,8% em 2019. A gerente da pesquisa destaca que o estado teve crescimento de 1,7% de 2018 para 2019.

O Rio de Janeiro vem em segundo, com R$779,9 bilhões, e em terceiro está Minas Gerais, com PIB de R$ 651,87 bilhões. RJ, MG, RS e PR respondem juntos por outro terço do PIB, passando de 33,3% em 2002 para 32,2% em 2019. Os outros 22 estados somados passaram de 31,9% do PIB nacional em 2002 para 36% em 2019.

Na análise de PIB per capta, o Distrito Federal se manteve na frente em 2019, com o valor de R$ 90.742, cerca de 2,6 vezes o valor médio do país, que é R$ 35.161. Todos os estados do Norte e Nordeste têm o PIB per capta menor do que o nacional, enquanto no Sul todos estão acima. Com Abr

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