Ilhéus vota primeiro Código de Ética

Apesar de ser uma das Câmaras mais antigas do Brasil, a de Ilhéus ainda não conta com um Código de Ética. Por isso, um projeto de lei foi levado para votação nesta terça-feira. O projeto visa estabelecer regras e normas de decoro parlamentar, bem como os procedimentos disciplinares e penalidades.

Em resumo, ele lista normas claras de como os vereadores devem se comportar e os limites que ferem a moralidade pública. Entre os principais pontos está a proibição de contratar com a administração pública, bem como seus familiares, e acumular cargos comissionados.

O projeto proíbe o nepotismo, negociar com suplente para que ele assuma o cargo mediante vantagens, ou morar em outra cidade. O vereador Vinícius Alcântara (foto) conta que vê situações bizarras pelo Brasil, em que prefeitos, vereadores e secretários moram em locais diferentes de onde exercem seus cargos.

O Código também detalha minuciosamente os procedimentos que devem ser adotados pela Comissão de Ética, assim como os prazos e prerrogativas da defesa. Ilhéus já viveu momentos tensos quando da cassação do vereador Luca Lima por quebra de Decoro, em agosto, e o Código seria um norte para situações como esta.

A maior inovação é o Sistema de Acompanhamento de Informações do Mandato. Se aprovado, será obrigatório que a Câmara demonstre a produção de cada parlamentar, a quantidade de atividades, proposições, discursos, como votou em cada matéria de voto aberto. Ou seja, tem de expor de forma pública e acessível tudo que o parlamentar faz.

"O maior ganhador será o povo de Ilhéus," destaca Vinícius Alcântara, autor da resolução, em seu primeiro mandato. “A população ganha em transparência, porque democracia só se faz com transparência.”

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