Fiocruz faz campanha por hanseniase
A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) assinou, no Rio de Janeiro, o termo de adesão à campanha global Não Esqueça da Hanseníase (Don’t Forget Hansen’s Disease), idealizada pelo embaixador da boa vontade da Organização Mundial da Saúde (OMS) para a Eliminação da Hanseníase, Yohei Sasakawa.
O objetivo é que governos, organizações e pessoas não se esqueçam da importância de se fazer o diagnóstico e o devido tratamento da hanseníase em meio à pandemia de covid-19. Segundo o último Boletim Epidemiológico de Hanseníase do Ministério da Saúde, o diagnóstico de novos casos caiu pela metade de 2019 para 2020.
“Dados preliminares de 2020 mostram que o Brasil diagnosticou 13.807 casos novos de hanseníase, sendo 672 (4,9%) em menores de 15 anos”, informou a publicação. Em 2019, a OMS recebeu a notificação de 202 mil novos casos no mundo, sendo 29,9 mil nas Américas e 27,8 mil no Brasil, o segundo país com mais notificações, atrás da Índia.
Para o coordenador nacional do Movimento de Reintegração das Pessoas Atingidas pela Hanseníase (Morhan), Artur Custódio, a diminuição das notificações é preocupante, já que não indica redução de novos casos. “Essa diminuição infelizmente não pode ser comemorada".
"Ela significa que, por conta da paralisação de políticas públicas de busca ativa de casos e das dificuldades de acesso aos serviços de saúde impostas pela pandemia e pela gestão da pandemia no Brasil, novos casos deixaram de ser registrados e, assim, pessoas que deveriam estar em tratamento não contaram ainda sequer com o diagnóstico”.
Ele destacou que a falta de diagnóstico e de tratamento pode levar ao desenvolvimento de sequelas físicas irreversíveis, além de lesões mais graves na pele e o aparecimento de incapacidades físicas. O tratamento é importante também para que os pacientes parem de transmitir a doença. Com Abr.
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