Coelba ia cortar luz com conta paga
Alvo de uma CPI na Assembleia Legislativa da Bahia, a Coelba, empresa do grupo Neoenergia que detém o monopólio da energia elétrica no estado, continua colecionando queixas e denúncias por práticas abusivas. Nesta semana, ela quase cortou a luz de uma empresa de serviços essenciais sem motivo.
A empresa terceirizada por ela para os cortes chegou no local e subiu no poste para cortar a energia sem entrar para perguntar se a conta estava paga. Acontece que estava e o corte teria gerado um processo por danos morais e financeiros contra a Coelba.
Uma funcionária que limpava a entrada da empresa flagrou a ação ilegal da Coelba e acionou a secretária, que intimou o empregado da terceirizada e mostrou a ele a conta paga. Sem pedir desculpas nem dar explicação alguma, o homem entrou no carro e foi embora.
Caso fosse cortada, a energia só seria religada "até" 24 horas depois, com o pagamento de uma taxa extorsiva. Este tipo de comportamento da Coelba não é novo e as queixas são constantes, por práticas abusivas, falta de educação da equipe de corte e atendimento ruim, principalmente por parte dos usuários empresariais.
Quem precisa reclamar ou pedir serviços é obrigado a ficar em uma fila, do lado de fora do pequeno posto de atendimento de Itabuna, sob sol e chuva. As entidades empresariais reclamam que diversas ampliações e novos empreendimentos estão parados porque a Coelba não amplia a rede ou instala os transformadores.
A Coelba também atua de forma irregular em relação às regras nacionais. A lei federal determina que ela comunique, em veículos de comunicação de massa (rádio ou tv) toda interrupção para manutenção da rede ou programada. A Coelba não anuncia as interrupções há mais de 20 anos, surpreendendo os usuários com o apagão.
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