Carnaval deixa políticos sem dormir

Depois de ser duramente criticados por promover o Carnaval de 2020 quando o Brasil já estava em Estado de Emergência pela Covid, decretado pelo presidente Jair Bolsonaro, a prefeitura de Salvador e o Governo do Estado estão cautelosos em autorizar o Carnaval de 2022.

As imagens do governador Rui Costa e do então prefeito da capital, ACM Neto, curtindo a folia no meio de milhares de pessoas ainda repercutem na internet. O Carnaval de Salvador foi o estopim para a pandemia na Bahia, onde mais de 27 mil pessoas perderam a vida.

Desta vez, os discursos são de cautela. O prefeito Bruno Reis comentou, em coletiva nesta terça, que existe uma nova alta de casos de Covid-19 em países da Europa como a Áustria. Apesar da importância do evento para empresários, artistas e produtores, ele diz que não pode arriscar "o trabalho feito durante quase dois anos de pandemia".

Bruno afirma que vai conversar no fim do mês com Rui Costa (PT). O governador também tem tido cuidado ao falar do Carnaval e diz que não quer autorizar algo "que vai me deixar sem dormir depois". Apesar das declarações, a aposta é na realização do Carnaval por um simples motivo: é ano eleitoral.

Porém, este motivo também serve para os que defendem abrir mão da festa até que a pandemia termine de vez. Eles argumentam que uma nova explosão da Covid causada pelo Carnaval pode arruinar as campanhas tanto de ACM Neto, aliado de Bruno, como de Jaques Wagner, candidato de Rui.

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