Lula recebeu dinheiro ilegal de Maduro

Não foi só do ditador Muammar Gaddafi que o PT recebeu dinheiro ilegal para campanha. A lei determina que o partido que receber dinheiro do exterior seja cassado, mas a Justiça eleitoral se omite até hoje sobre as remessas de Gaddafi, usadas nas campanhas do partido e do ex-presidiário Lula.

Nesta quarta, o escândalo aumentou. O ex-chefe do Serviço Secreto da Venezuela, general Hugo Armando Carvajal, o "Pollo Carvajal", enviou uma carta ao juíz espanhol Manuel García-Castellón relatando o esquema de financiamento de partidos de esquerda na América Latina e na Europa pelos governos de Hugo Chávez e Nicolás Maduro.

Entre os beneficiados ele lista o ex-presidiário Luiz Inácio Lula da Silva. "O governo venezuelano financia ilegalmente movimentos políticos de esquerda no mundo há pelo menos 15 anos, incluindo o financiamento da criação do partido político espanhol Podemos".

No caso brasileiro, o dinheiro pode ter sido contrapartida pelos empréstimos bilionários feitos através do BNDES para obras na Venezuela, que nunca foram pagos pelo governo de Maduro, nem cobrados pelos governos de Lula e Dilma.

"Enquanto eu era diretor de Inteligência Militar e Contrainteligência da Venezuela, recebi muitos relatórios apontando que esse financiamento internacional estava acontecendo". Carvajal cita como beneficiados pelo esquema Lula; Néstor Kirchner na Argentina, Evo Morales na Bolívia e Fernando Lugo no Paraguai, entre outros.

Ele relata em detalhes como o dinheiro era enviado para a Espanha, num esquema que era replicado nos outros países. As notas, em espécie, seguiam pela mala diplomática, que não pode ser vistoriada por nenhum país. Era levado por um homem de confiança do governo da embaixada de Cuba, em Caracas, para o Ministérios das Relações Exteriores.

De lá, o secretário de Maduro, Williams Amaro, enviava para a embaixada da Venezuela nos outros países, onde um preposto entregava para os beneficiados pelo esquema. Na Espanha, ele era Ramón Gordils, vice-ministro de Cooperação Econômica da Venezuela e presidente do Bancoex de Comércio Exterior.

"Tenho informantes que testemunharam diferentes estágios dessa rede. Pedi aos meus advogados que os contatassem enquanto eu estava na prisão para perguntar se eles estariam dispostos a atestar meu testemunho e alguns responderam sim para concordar em testemunhar perante um juiz," diz Carvajal. Com Revista Oeste.

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