Jovens aprovam o novo Ensino Médio

Pesquisa inédita do Sesi e do Senai aponta que a maioria dos estudantes do ensino médio (91%) têm interesse em cursar o superior e (84%) a educação profissional. O levantamento ouviu mil alunos da rede pública de São Paulo, do Mato Grosso do Sul e da rede Sesi que já estão usando o currículo do novo ensino médio.

Também foram ouvidos mil estudantes do currículo tradicional. “Os jovens que estão no novo ensino médio têm uma relação mais positiva, mais favorável com a escola. Eles têm um maior otimismo com o futuro profissional. Nos dois grupos de estudantes o desejo de cursar o itinerário técnico profissional é dominante".

"Isso demonstra claramente que os jovens têm uma preocupação significativa sobre alcançar o primeiro emprego e a inserção profissional", avalia o diretor-geral do Senai e superintendente do Sesi, Rafael Lucchesi. A pesquisa mostrou ainda que estudantes do novo ensino médio avaliam o modelo como positivo.

Eles estão mais satisfeitos com a escola e otimistas com o futuro profissional. "Essa pesquisa é interessante e inédita porque ela vai conversar com jovens, a avaliação desse novo ensino médio, qual a relação que eles têm com a escola e como eles enxergam o seu futuro profissional", explica Lucchesi.

A pesquisa, realizada pelo Instituto FSB Pesquisa, mostra que, entre as mudanças da reforma, a integração da Formação Técnica e Profissional e a inclusão de atividades voltadas para o projeto de vida são as mais bem avaliadas. Para 73% o potencial do novo ensino médio para melhorar a qualificação profissional é grande ou muito grande.

O levantamento mostrou ainda que a preocupação dos estudantes com a necessidade de trabalhar e a falta de interesse ameaçam a continuidade dos estudos. Para boa parte, o trabalho informal é realidade. Por outro lado, no ensino médio tradicional, a insatisfação com a metodologia seria um motivo para sair da escola.

Esse problema não foi reportado pelos estudantes do novo ensino médio. “Hoje a escola prepara exclusivamente para os exames de ingresso na universidade, sendo que o acesso dos jovens de 18 a 24 anos ao ensino superior ainda é muito restrito, apenas 23,8% dessa faixa etária".

"O novo ensino médio e a formação profissional surgem nesse contexto para dar identidade social e oportunidades ao estudante que não ingressa direto no ensino superior, deseja ou precisa entrar no mercado de trabalho e não consegue por não ter qualificação”, apontou Lucchesi.

Precisar trabalhar é o principal motivo para cerca de um terço cogitar deixar a escola. A insatisfação com a metodologia de ensino (6%) aparece apenas para os estudantes do modelo tradicional. 17% dos alunos do modelo tradicional já consideraram deixar a escola, enquanto entre os estudantes do novo ensino médio o percentual é de 13%.

Para 35% empreender será mais atraente no Brasil. Metade dos alunos indica que ter emprego formal registrado em carteira é outro ponto relevante. Segundo 28%, a falta de experiência, a falta de qualificação (17%) e a falta de oportunidade (12%) são os principais obstáculos para um jovem conseguir emprego no Brasil. Com Abr

23:49  |  


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