Itabuna quer mais sessões hiperbáricas

A ampliação das sessões de Oxigenoterapia Hiperbárica em Itabuna virou “questão de honra” os vereadores Gilson da Oficina e Sivaldo Reis. A cidade já teve 600 sessões mensais bancadas pelo Governo do Estado, número que foi reduzido para 300 e depois para as atuais 100.

Itabuna tem 300 pessoas na fila de espera. Cada paciente precisa de 20 sessões por mês, o que significa que a quantidade oferecida pelo estado só atende a cinco pessoas. Os dois vereadores já estiveram em Salvador cobrando mais cotas de oxigenoterapia para Itabuna.

A OHB é voltada principalmente para a cicatrização de feridas crônicas. Os vereadores também querem que a Prefeitura de Itabuna banque outras 100 sessões, para dobrar o número de atendidos. A proposta já está sendo discutida com o prefeito Augusto Castro e a Clínica de Medicina Hiperbárica de Itabuna, que presta o serviço.

O pneumologista Marcus Silvane explica os ganhos de se investir na oxigenoterapia. Segundo o médico, o tratamento pode reduzir as hospitalizações e cirurgias mutiladoras de membros. Há relatos de pacientes que perderam membros do corpo e até mesmo a vida aguardando na fila da oxigenoterapia.

Para a fundadora da ONG Bem Querer, Ana Lúcia Correia, cujo pai teve a perna amputada, a falta da terapia cicatrizante dos ferimentos afeta a dignidade humana. Ela citou casais e parentes que se divorciaram ou se distanciaram por conta do odor desagradável das feridas crônicas.

O vereador Alex da Oficina também compartilhou uma experiência pessoal. Após uma cirurgia, o pai dele precisou tratar feridas que surgiram do período em que ficou acamado. "Depois de muita luta, conseguimos as sessões de hiperbáricas para ele. Meu pai faleceu, mas o tratamento hiperbárico funcionava".

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