Hepatite C cresce em Itabuna e Ilhéus

Enquanto todas as atenções foram desviadas para a Covid, outras doenças cresceram no sul da Bahia. Uma delas sempre foi problemática na região, a hepatite. A Fundação Osvaldo Cruz (Fiocruz) publicou um estudo sobre a distribuição geográfica dos infectados pela hepatite C na Bahia.

Ele usou dados de 247.837 exames sorológicos feitos no Laboratório Central da Bahia entre 2004 e 2013. Os resultados foram publicados no American Journal of Tropical Medicine and Hygiene e, mesmo sendo anteriores à pandemia, mostram que a situação, que já era ruim, hoje pode ser ainda pior.

A Fiocruz relata que a presença de anticorpos de hepatite C foi detectada em amostras de todas as regiões da Bahia. A prevalência do vírus no estado foi estimada em 1,3%, correspondendo a uma taxa de infecção de 21,2 para cada 100 mil habitantes, com quatro vezes mais predominância nos homens.

Dos infectados, 30 tinham 15 anos ou menos, incluindo três abaixo de 4 anos. A microregião Ilhéus-Itabuna marcou uma incidência de 21 casos por 100mil, a sétima maior no estado, atrás de Feira de Santana, Porto Seguro, Paulo Afonso, Juazeiro, Senhor do Bonfim, Salvador e Ipiaú, que tem taxa de 112 casos.

Os autores do trabalho explicam que as altas taxas podem estar associadas com o uso de drogas intravenosas, bem como maior acesso ao diagnóstico. Com relação aos genótipos do vírus, o 1 e 3 foram considerados os mais prevalentes, seguidos pelos 2, 4 e 5.

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