2019 abriu mais empresas após 5 anos

Pesquisa inédita, divulgada pelo IBGE, revela que, após cinco anos em queda, o número de empresas ativas no país aumentou em 2019, primeiro ano do governo de Jair Bolsonaro. Houve um acréscimo de 6,6% na comparação com 2018. Também cresceu o total de assalariados, com mais 774,8 mil e alta de 2,4%.

A pesquisa revela as taxas de entrada, saída e sobrevivência das empresas, além da mobilidade e idade média. Mostra ainda dados relacionados à ocupação assalariada. Há recortes por atividades econômicas e regiões do país. O IBGE reúne esses indicadores anualmente desde 2008.

Em 2019, o Brasil tinha 4,7 milhões de empresas com uma idade média de 11,7 anos. Elas contavam com 33,1 milhões de trabalhadores assalariados. Nesse mesmo ano, as entradas de novas empresas totalizaram 947,3 mil. Considerando que as saídas foram 656,4 mil, o saldo positivo foi de 290,9 mil.

"Observa-se que as 4,7 milhões de empresas ativas tinham 5,2 milhões de unidades locais também ativas, das quais 50,5% estavam localizadas na Região Sudeste, 22,5% na Região Sul, 14,9% na Região Nordeste, 8,4% na Região Centro-Oeste e 3,7%, na Região Norte", constatou o IBGE.

As áreas econômicas de maior destaque foram "atividades profissionais, científicas e técnicas". O saldo positivo foi de 61.388 empresas. Nesse setor, segundo o IBGE, enquadraram-se muitos profissionais liberais que atuam oferecendo serviços e consultorias em gestão empresarial, engenharia, direito e contabilidade.

"Saúde humana e serviços sociais" foi outra atividade econômica que se destacou. O saldo positivo, de 44.294 empresas, se deve principalmente à atenção ambulatorial exercida por médicos e dentistas.

Os números revelam a interrupção da sequência de quedas que se observou entre 2014 e 2018. É importante notar que o IBGE não avaliou ainda impactos da pandemia de covid-19, que teve início no Brasil em março de 2020. A influência da crise sanitária poderá ser observada na próxima edição da pesquisa, no ano que vem.

Das 4,7 milhões de empresas no país existentes em 2019, 79,8% eram sobreviventes e 20,2% novas entradas. A pesquisa aponta que a média salarial mensal das sobreviventes, de R$ 2.549,36, é superior à das empresas iniciantes, de R$ 1.553,62. Revela também que 96,9% do pessoal assalariado estava empregado nas sobreviventes e 3,1% nas iniciantes.

A pesquisa apurou ainda a evolução das empresas que foram criadas cinco anos antes, isto é, em 2014. Os resultados mostram que 77,2% sobreviveram após um ano de funcionamento, 64,9% após dois anos, 54,8% após três anos e 46,3% após quatro anos. Em 2019, passados cinco anos, as sobreviventes eram 37,6%.

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