Queiroga alerta para efeitos adversos
O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, disse que uma série de motivos pesaram para que a pasta resolvesse suspender a vacinação de adolescentes sem comorbidades. Segundo Queiroga, foram identificados 1,5 mil eventos adversos em adolescentes imunizados.
Todos eles foram de grau leve, porém houve a morte de um jovem em São Paulo. A Pfizer emitiu um comunicado reconhecendo a morte do adolescente após a aplicação da primeira dose em São Bernardo do Campo (SP). O caso está sob investigação, assim como outros de miocardite e pericardite.
Órgãos de saúde dos Estados Unidos, Israel, Alemanha e Reino Unido detectaram uma quantidade significativa de miocardite e pericardite em adolescentes que tomaram a vacina contra a Covid-19. O índice de infecção da faixa etária abaixo de 20 anos é menor que 1%, por isso os países estão deixando de vaciná-la.
O garoto que morreu foi vacinado em 25 de agosto. Um dia depois, segundo o Centro de Informações Estratégicas e Resposta de Vigilância em Saúde, começou a sentir cansaço e falta de ar. No dia 27, foi atendido e voltou para casa. Procurou o médico de novo e ficou na UTI depois de um mal súbito, morrendo no dia 2 de setembro.
O ministro reclamou que, a despeito da orientação anterior para que a imunização deste público tivesse início na quarta-feira, já foram vacinados 3,5 milhões de adolescentes por autoridades locais de saúde. "Houve diversos casos de prefeituras que aplicaram vacinas não autorizadas pela Anvisa".
A agência só permitiu o uso da Pfizer para adolescentes mas, nos registros do Ministério da Saúde, os dados enviados pelos estados mostram o uso de outras vacinas. “O NHS (SUS do Reino Unido) restringiu a vacinação nos adolescentes. Para aqueles que já tinham tido a 1ª dose, se recomendou parar por ali”, disse Queiroga.
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