Itabunense quer presidir a OAB/BA de novo

O itabunense Dinailton Oliveira é pré-candidato de oposição à presidência da OAB Bahia, onde já exerceu o cargo entre 2004 e 2006. Ele promoveu um encontro com advogados em Itabuna, onde defendeu a reestruturação do Poder Judiciário no estado para resgatar o respeito à categoria.

Dinailton diz que esse respieto "não interessa à elite que está no poder, em cima de um pedestal”. E lembrou que, em sua primeira eleição era visto com desdém por ser advogado militante e não proprietário de um grande escritório. “Abrimos as portas da Ordem e mostramos que é possível tratar a todos da mesma forma", afirma.

Para ele, é preciso mudar o Judiciário para que os advogados possam viver da profissão. Um dos que apoiam seu nome é Andirlei Nascimento, ex-presidente da OAB em Itabuna. Para ele, a volta de Dinailton é uma esperança para quem não faz parte da elite da advocacia.

Andirlei destaca que as outras candidaturas têm parentesco com desembargadores e, por isso, não podem garantir a independência da OAB para enfrentar o Judiciário, como Dinailton fez em sua gestão. O advogado diz que ele é a melhor alternativa para acabar com o retrocesso que tomou conta da Ordem nos últimos 15 anos.

A questão do fechamento de comarcas foi apontada por Nataja do Vale como um dos desafios a ser enfrentado. “O Judiciário baiano se transformou em uma Justiça para ricos. O cálculo para definir uma comarca é a arrecadação das custas. Sou de Buerarema, onde não temos juiz titular, e por isso fico a maior parte do tempo impedida de advogar".

Jurema Cintra se disse decepcionada com o destino dado à entidade após a gestão de Dinailton. “A OAB virou só um boleto de pagamento”. Marcos Bandeira Filho afirmou ter se sentido acolhido pela diretoria da instituição, “como se fosse uma família”, o que classificou como muito importante para os advogados em início de carreira.

“Dinailton teve um trabalho brilhante à frente da Ordem, encarou com coragem o Judiciário. Os que vieram depois sucatearam a entidade, se preocuparam em fazer festas”, comparou Diego Gonzaga.

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