Contrato de Ilhéus levanta suspeitas

Apesar do número de casos e internações por Covid estar caindo drasticamente, o prefeito de Ilhéus, Mário Alexandre, vai na contramão da lógica. Cidades como Salvador e Itabuna já fecharam seu hospital de campanha por falta de pacientes. O mesmo acontece com o Centro de Covid de Ilhéus.

Instalado no Centro de Convenções, ele está praticamente vazio, mas o prefeito menteve o processo de contratação, sem licitação, de uma Organização Social para administrar a unidade a partir de outubro. A medida, feita nas pressas, vai custar ao município R$ 7 milhões em seis meses.

Além de ignorar a falta de pacientes, Mário Alexandre desconsidera o parecer da Procuradoria da própria Prefeitura, que aponta várias irregularidades, entre elas o uso da Lei 13.979/2020, que previa dispensa de licitação para compra de produtos e serviços durante a pandemia, e que perdeu a vigência em dezembro.

O Conselho Municipal de Saúde pediu explicações ao prefeito e não recebeu. Por isso, enviou ofício ao promotor Pedro Nogueira Coelho, lembrando das irregularidades e da ausência de estudo técnico que justifique a manutenção do Centro de Covid.

Mário Alexandre já é investigado em inquérito da Polícia Federal pela gestão da HSC Soluções Empresariais no Centro de Covid e pelo superfaturamento do contrato de um hotel em Mamoan, no litoral norte, para receber pessoas infectadas com o virus.

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