Adab faz ação contra a peste suína

Quarto maior exportador mundial de carne suína, com um rebanho de mais de 40 milhões de animais, o Brasil está em alerta depois da introdução da Peste Suína Africana (PSA) no continente americano. Na Bahia, a situação alertou o Ministério da Agricultura e a Agência de Defesa Agropecuária da Bahia.

Eles discutiram um Plano Integrado de Vigilância de Doenças dos Suínos na manhã desta terça-feira (21), em Salvador. O documento vai nortear as ações em todo o Brasil para melhorar o monitoramento e a defesa sanitária para a espécie. As ações estão previstas para começar em outubro.

A PSA atingiu rebanhos na África e Ásia, dizimando cerca de 50% das matrizes na China e causando grande impacto econômico no mundo todo. A Alemanha e a Dinamarca também registraram casos. A preocupação é que, com a ocorrência de focos na República Dominicana, em julho, e no Haiti, no dia 17, a PSA chegue ao país.

“A manutenção de área livre da PSA, além de assegurar os plantéis, oferece vantagem competitiva dos produtos baianos junto aos mercados internacionais”, apontou o diretor geral da Adab, Oziel Oliveira. “O plano foi delineado inicialmente para as três principais doenças, mas entendemos que pode ser adaptado e ampliado".

O Plano Integrado de Vigilância de Doenças dos Suínos abrange ainda a Peste Suína Clássica (PSC) e a Síndrome Reprodutiva e Respiratória dos Suínos (PRRS). De acordo com o diretor de Defesa Sanitária Animal Carlos Augusto Spínola, “o risco é que passageiros de locais infectados possam adentrar com produtos de origem suína".

"Isso aconteceu no início da década de 80, trazendo o vírus para nosso estado, que é livre da enfermidade”. Para minimizar os riscos, a Adab tem intensificado as ações de vigilância, principalmente nos depósitos de resíduos urbanos, evitando que os animais criados dessa forma sejam alimentados com restos de comida dos lixões.

“Nossa atividade de educação sanitária já orienta os pequenos criadores a não oferecer restos aos animais e que todas as granjas adotem medidas de biossegurança, como permitir acesso de equipamentos ou pessoas com vestuários desinfectados," conta o Coordenador do Programa Estadual de Sanidade dos Suídeos, Rui Leal.

A Adab vai trabalhar em três eixos básicos: detecção precoce, gerenciamento epidemiológico e fiscalização do trânsito. “Essas diretrizes são fundamentais para a tomada de decisão em uma eventual introdução dessas doenças e essencial para o sucesso das ações”, comentou Cássio Peixoto, da SFA-Ba.

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