Justiça indicia delegada por fraudes

A Justiça aceitou a denúncia do Ministério Público da Bahia contra a delegada Maria Selma Pereira Lima, além de Pedro Ivan Matos Damasceno, Carlos Antônio Franco Assis e Claudio Marco Veloso Silva. Eles foram denunciados por crimes apurados durante a Operação Dublê.

Os promotores dizem que o chefe de uma quadrilha envolvida em furtos, roubos e clonagem de veículos tinha relação com a delegada. Ela usava seu cargo e a influência que gozava na Polícia Civil para garantir a impunidade do grupo e facilitar a execução dos crimes.

Segundo o MP, o líder do grupo já tinha um longo histórico criminal de furtos, roubos, receptação e clonagem de veículos e era amigo da delegada. Ela chegou a falsificar documentos de terceiros para conseguir a devolução ilegal de um carro clonado, apreendido pela polícia com membros da quadrilha.

Maria Selma ainda deu acesso a um membro da quadrilha à delegacia, como se fosse policial, portando arma e ajudando nas ações da quadrilha. A delegada foi denunciada por falsificação de documento público, falsidade ideológica, uso de documento falso, denuncia caluniosa e fraude processual.

Pedro Ivan é acusado de furto, falsificação, falsidade ideológica, adulteração de identificação de veículo, entre outros crimes. Carlos Antônio responde por furto qualificado e denunciação caluniosa; e Claudio Marco foi denunciado por usurpação de função pública.

Não é a primeira vez em que a delegada é notícia. Em setembro do ano passado, ela foi exonerada da diretoria do Departamento de Crimes Contra o Patrimônio, depois de ficar três meses em licença prêmio. Na época, o governador Rui Costa se recusou a dar detalhes, alegando que não acompanhava o caso.

Já o então secretário de Segurança Pública Maurício Barbosa, afirmou que a delegada estava sendo acusada nas redes sociais e por isso preferiu se afastar. Maurício terminou indiciado por usar o cargo para prestar serviços a bandidos. Rui Costa também não comenta sobre seu ex-homem de confiança.

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