Professores recusam aulas e Rui ameaça

Apesar do anúncio feito pelo Governo do Estado sobre a volta às aulas presenciais, os alunos podem continuar sem elas. O presidente do sindicato dos trabalhadores da educação, Rui Oliveira (foto), diz que eles se recusam a retornar às salas de aula em julho.

O sindicalista alega que falta vacinar com duas doses todos os professores. Oliveira afirma que a decisão da retomada às aulas foi unilateral e sem consulta aos professores, que só aceitam voltar para as escolas quando todos tiverem completado o calendário vacinal.

O governador Rui Costa reagiu com irritação e ameça cortar o salário dos professores que não comparecerem às aulas. Elas estão previstas para começar no dia 26, num sistema de rodízio entre presencial e online. Costa avisou que os servidores que não cumprirem a carga horária ficarão sem salário.

Ele garante que muitos professores já receberam a segunda dose e que a categoria é privilegiada por voltar ao trabalho vacinada, ao contrário de outras que ainda não receberam a vacina. Rui anunciou o aumento da carga horária de 20 para 40 horas e a contratação de novos professores pelo Reda, como forma de pressionar o sindicato.

O secretário Jerônimo Rodrigues afirmou em coletiva que os alunos que não voltarem para a sala de aula a partir do dia 26 perderão os benefícios da educação estadual, como o Bolsa Presença. As declarações do governador e do secretário foram criticadas por Rui Oliveira.

Para ele, Rui Costa "vem com intimidação, prepotência, arrogância, com vaidade. O apelo do governador, de forma unilateral, sem conversar com ninguém, intimidando cortar salários, intimidando suspender R$ 55 dos alunos se não voltarem. Não é dessa forma. Não vai voltar porque não é dessa forma”.

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