Bahia registra novos casos de malária

Novos casos de malária são registrados na Bahia em municípios do extremo-sul. A doença exige tratamento rápido e efetivo, sob o risco de levar à morte. A Secretaria Estadual de Saúde registrou nove pacientes acometidos pela doença em pelo menos três municípios da região, Itamaraju, Porto Seguro e Itabela.

Até o momento, a Sesab não relatou nenhuma morte. Entretanto, uma senhora de 63 anos está internada há 15 dias no Hospital Luís Eduardo Magalhães. O que preocupa quanto aos nove novos casos é o crescimento das ocorrências no estado. Ao todo, foram 35 confirmações em menos de 24 horas, enquanto mais 64 exames aguardam resultado.

Os casos foram classificados como surto porque a doença não é endêmica na região. Os últimos casos foram registrados na Bahia em 2018, com 77 ocorrências. Ao que tudo indica, a propagação se deu por um homem infectado vindo de Manaus.

A malária é uma doença infecciosa causada pelo parasita Plasmodium. A transmissão para o homem se dá, na maioria das vezes, pela picada do mosquito Anopheles. Porém, também pode ser transmitida pelo compartilhamento de seringas, transfusões de sangue e durante a gravidez.

Os principais sintomas são febre alta, calafrios, dor de cabeça, sudorese, possível dor muscular, aumento do baço e taquicardia. O infectado pode apresentar perturbações sensoriais, rigidez na nuca, sonolência ou excitação, desorientação, vômito, convulsões e coma.

A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) classifica a malária como potencialmente grave, cuja evolução pode levar à morte. O diagnóstico da malária é obtido pelo teste da tira reagente, nem sempre disponível nas unidades de saúde. Deste modo, a forma mais eficiente de detecção é através do próprio quadro clínico do paciente.

Segundo a Fiocruz, o ideal é que o paciente receba o tratamento antimalárico em até 24h após o início da febre, de forma a evitar complicações. O tratamento é feito com terapia à base de artemisinina, com baixo nível de toxicidade e poucos efeitos colaterais. Tudo deve ser de forma rápida e efetiva.

Se o paciente não fizer o diagnóstico em duas horas após começar o tratamento, a equipe médica precisa seguir com o tratamento antimalárico. O medicamento é oferecido gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e administrado conforme a espécie do parasita, peso, idade do paciente, bem como a gravidade da doença.

Porém, o sistema público de saúde, mesmo em hospitais de referência, pode enfrentar problemas de recursos. O quadro é ainda mais grave na pandemia, quando os hospitais estão lotados, com limitações de pessoal, medicamentos e leitos. Quando se trata de malária, cada minuto pode custar a vida do paciente.

Quem tem plano de saúde pode conseguir atendimento mais rápido e ter resultados satisfatórios no tratamento. Caso seja necessária a internação, o paciente tem maior facilidade de acesso aos tratamentos, principalmente intensivos. Quem entra pelo SUS depende das condições do hospital.

A principal forma de evitar a doença é controlando e eliminando o mosquito transmissor por medidas coletivas e individuais. Caso visite uma região com alta incidência de casos, use roupas que protejam pernas e braços, além de mosquiteiros, telas e repelentes.

A doença não é endêmica na Bahia, por isso ações públicas também podem controlar o surto dos novos casos da malária. Entre as medidas estão controle da vegetação aquática e eliminação de criadouros. Na Bahia, por exemplo, mosquiteiros estão sendo doados à população pelo governo estadual.

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